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Manobras em barragens de MG e ES seguram parte do volume denso da onda de lama, diz Defesa Civil

Equipe que monitora o Rio Doce irá sobrevoar Governador Valadares (MG) para identificar onde está localizada a lama e qual a previsão mais exata que irá chegar ao Espírito Santo

"Onda de lama" ainda não chegou ao Espírito Santo Foto: Divulgação/Governo

A lama mais densa, que deverá atingir municípios cortados pelo Rio Doce, no Noroeste do Estado, ainda não chegou por causa de manobras realizadas nas represas das hidroelétricas de Aimorés, Minas Gerais e Mascarenhas, em Baixo Guandu, segundo informações da Defesa Civil.

De acordo com o Coronel Fabiano Bonno, da Defesa Civil Estadual, em entrevista nesta quarta-feira (11) ao programa Fala Manhã, a nova previsão é de que a "onda de lama" só deve atingir o município de Baixo Guandu no próximo sábado (14).

 “As represas, por conta da chegada dessa onda, que a gente chama onda de lama mais densa, mais pesada, fizeram uma descarga no volume de água para baixar um pouco o nível. Depois a água será liberada gradativamente. Por conta dessa descarga de água o nível do Rio Doce subiu 1,70 metros”, informou.

O Coronel informou também que será realizado nesta quarta-feira (11), um sobrevôo em Governador Valadares, Minas Gerais, para detectar onde exatamente onde está a lama. “A informação que a gente tinha ontem é que a mancha, com essa lama mais pesada, já tinha passado em Governador Valadares, cerca de 20 quilômetros. A nossa prioridade agora pela manhã é fazer um sobrevôo no município mineiro para ver aonde se encontra essa mancha. A intenção é ter um parâmetro da velocidade que lama está caminhando ao longo do Rio Doce, para poder atualizar quando ela pode chegar ao solo capixaba”, disse.

De acordo com a Defesa Civil, o abastecimento de água nos municípios de Baixo Guandu e Colatina, ainda não foram suspensos. O Governo alerta para a importância de a população continuar economizando e estocando água. No entanto, as autoridades pedem que sejam tomados alguns cuidados na estocagem, por conta da proliferação dos mosquitos da dengue. “Serve o alerta que é preciso cuidados para com o mosquito da dengue. Porque passada esse desastre da lama, a gente não tenha outro desastre por epidemia da dengue nos municípios do Norte e Noroeste”, informou o Coronel Fabiano Bonno. 

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