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Prefeitura cobra explicação de mineradoras após risco de lama chegar em Vitória

A Prefeitura de Vitória leva em consideração a distância entre Vitória e Regência, no litoral norte do Estado, onde fica a foz do Rio Doce, por onde a lama vai chegar ao oceano

Proteção ao manguezal de Vitória é uma das preocupações da administração municipal Foto: ​André Luiz Silva Sobra / Prefeitura de Vitória

As empresas envolvidas no rompimento das barragens em Mariana (MG), Vale e Samarco, receberão nesta sexta-feira (20) por parte da Prefeitura de Vitória, questionamentos sobre os possíveis impactos ambientais na capital capixaba.

No ofício, os principais questionamentos envolvem a previsão de chegada da lama à Vitória e seus efeitos no oceano; Os impactos dos dejetos no ecossistema marinho, manguezal e vegetação de restinga. Outra questão levantada é a respeito das medidas de contenção que estão sendo adotadas pela Vale e pela Samarco para impedir a chegada da lama à capital.

A Prefeitura de Vitória leva em consideração a distância entre Vitória e Regência, no litoral norte do Estado, onde fica a foz do Rio Doce, por onde a lama vai chegar ao oceano. De lá até a capital, a distância é de, aproximadamente, 120 quilômetros. Por essa razão, estaria a costa do município de Vitória dentro do raio dos danos a serem causados ao meio ambiente marinho e às funções ecológicas, turísticas e econômicas que o mar exerce na cidade de Vitória.

Avaliação
"A Prefeitura de Vitória está acompanhando de perto toda possibilidade de impacto da tragédia por ocasião do rompimento da barragem no ecossistema marinho. Por isso, solicitamos informações às empresas sobre avaliação da possibilidade de agressão ao nosso ecossistema, com um relatório de ações preventivas que estejam sendo feitas, e também já começamos a monitorar a vida marinha para detectar todas as possíveis alterações", disse o prefeito Luciano Rezende.

Fórum
O secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Emanuel Zouain, já reuniu sua equipe técnica e vem programando ações de enfrentamento ao problema. Ele propôs a criação de um Fórum Permanente entre os municípios para que sejam estudadas ações em conjunto.

"Vitória é parte fundamental do todo que compõe a zona costeira de nosso Estado. Nossa secretaria coloca seus equipamentos náuticos e seu corpo técnico de funcionários à disposição do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) e das ONG´s que estão trabalhando para amenizar o impacto desta que é a maior tragédia ambiental da história do nosso País", concluiu Luiz Emanuel.

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