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Debate sobre terrorismo e segurança se torna central na eleições dos EUA

Redação Folha Vitória

Washington - A segurança nacional e a luta contra o terrorismo são temas que têm se tornado cada vez mais centrais na disputa presidencial norte-americana, após os ataques recentes em Paris. O debate sobre violência também ganhou força nos últimos dias por causa da ofensiva que deixou 14 mortos em San Bernadino, na Califórnia. O incidente em solo norte-americano está sob investigação do FBI como uma possível iniciativa terrorista e, se confirmada, pode ter sido o pior ataque no país desde 11 de setembro de 2011.

Do lado republicano, o empresário e candidato Donald Trump disse estar aberto para medidas de caracterização racial e investigações sobre famílias de pessoas que realizaram ataques extremistas. Em comentários feitos na CBS, o empresário afirmou que ele seria muito duro nas famílias dos agressores e que iria atrás das viúvas dos criminosos.

Trump também disse que as pessoas próximas dos agressores, por vezes, sabem que há algo de errado, mas se recusam a denunciá-los por medo de "caracterização racial". Para o candidato, isso é "muito ruim" e pessoas morreram como resultado.

O empresário disse ainda que não está jogando com os medos das pessoas. "Eu estou agindo com o senso comum", afirmou, ao acrescentar que tem amigos muçulmanos que "são ótimas pessoas" e estão preocupadas com o extremismo.

Já do lado democrata, Hillary Clinton disse esperar que o presidente Barack Obama anuncie "uma intensificação" da estratégia dos EUA contra militantes do grupo Estado Islâmico, na sequência do ataque da semana passada na Califórnia.

Em comentários feitos na ABC, Clinton afirmou os EUA precisam ter uma campanha aérea muito mais robusta "contra alvos do Estado Islâmico, contra infraestruturas de petróleo, contra a liderança". "E eu acho que isso é o que você vai ouvir do presidente", afirmou.

A ex-secretária de Estado apontou que ela exigiria que a comunidade online evite que os militantes se comuniquem em sites de redes sociais. Para Clinton, sites como o Facebook, Twitter e YouTube "não podem permitir o recrutamento e o direcionamento real de ataques ou a celebração da violência" por militantes islâmicos.

As autoridades dizem que a esposa do casal responsável pelo ataque na Califórnia prometeu lealdade ao grupo Estado Islâmico no Facebook enquanto os dois faziam os disparos. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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