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Prefeitura encaminha denúncia ao Ibama de pesca ilegal de peixe raro em Marataízes

O peixe, que corre risco de extinção, foi capturado numa pesca de arrastão e morto a golpes de remo pelos pescadores que, em seguida, o resgataram em uma caminhonete

O Mero capturado em Marataízes consta na lista de espécies em extinção no Brasil. Foto: Reprodução Facebook/Jennerson Passos.

Continua repercutindo em Marataízes o caso da pesca ilegal de um peixe da espécie Mero (Epinephelus itajara) ocorrida na manhã desta quinta-feira (7), na Praia do Xodó.

O peixe, que corre risco de extinção, teria vindo numa rede de pesca de arrasto e morto a golpes de remo pelos pescadores que, em seguida, o resgataram em uma caminhonete, levando-o para local desconhecido.

Dezenas de banhistas presenciaram a cena e se mostraram indignados, principalmente depois que tiveram a informação de que se tratava de uma espécie rara e protegida em todo o território nacional. Fotos e vídeos do abate criminoso estão sendo amplamente divulgados em rede social e o número de pessoas indignadas com a situação só aumenta.

A Prefeitura de Marataízes divulgou, em nota, que informou o caso ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e que vão cobrar que a situação seja apurada, inclusive penalizando os suspeitos do crime ambiental. “A Secretaria de Meio Ambiente sempre orienta aos pescadores para que não capturem esse tipo de animal, pois a pesca, transporte e comercialização é crime ambiental desde 2002”, afirmaram em nota.

A punição pelo crime

O Mero consta na lista de espécies em extinção no Brasil e prevalece a proibição de pesca em território nacional e qualquer um que infringir a lei além de pagar multa, pode ser preso e ter o cancelamento de seus cadastros, autorizações, inscrições, licenças, permissões ou registros da atividade pesqueira.

Sobre o Mero

O Mero (Epinephelus itajara) é um peixe marinho da família Serranidae e pode chegar a dois metros de comprimento e passar dos 250 kg. Ele vive em águas tropicais e subtropicais do Oceano Atlântico, desde a costa da Flórida (EUA) até o Sul do Brasil. Quando jovem, vive em baías e estuários – ambientes aquáticos de transição entre rio e mar – para ficar mais protegido.

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