Com praias impróprias, Vila Velha vai receber mais de R$ 600 milhões para saneamento

Cerca de R$ 650 milhões deverão ser investidos nos serviços de saneamento do município de Vila Velha. O Governo do Estado, a Agência Reguladora de Saneamento e Infraestrutura Viária (Arsi) e a Prefeitura de Vila Velha assinaram os Convênio de Cooperação, Contrato de Programa e Convênio de Regulação nesta quinta-feira (25).

O presidente da Cesan, Pablo Andreão, explicou que a iniciativa traz resultados a longo prazo e que os investimentos serão percebidos logo nos primeiros anos do projeto.

“Hoje nós assinamos o contrato que viabiliza a implantação de um grande programa em Vila Velha. Um investimento de R$ 650 milhões somente em saneamento. É um programa a longo prazo, são mais de 20 anos de prazo. Mas nos primeiros anos a população vai perceber porque os investimentos começam no primeiro ano e se aceleram no segundo”, diz.

Andreão ainda conta que o projeto é uma parceria entre setores público e privado para acelerar a implantação dos investimentos.

“Nos próximos 15 dias, nós lançaremos uma consulta pública. É uma parceria pública e privada, onde a iniciativa privada entra como complementaridade ao serviço da Cesan, visando acelerar a prestação de serviço e a implantação de investimentos”.

Praias impróprias

Algumas das praias mais visitadas do município de Vila Velha estão impróprias para banho, segundo estudo divulgado este mês, por causa da grande quantidade de coliforme fecais. Veja os pontos impróprios:

 Prainha de Vila Velha

 Praia do Barrão

 Praia dos Recifes

 Ponta da Fruta

 Foz do Rio Jucu

 Itapoã

 Praia do Ribeiro

 Praia da Costa: na altura da Avenida Champagnat e próximo ao Clube Libanês

Por meio de nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Vila Velha, Jader Mutzig, e sua equipe técnica estranharam os resultados das análises de balneabilidade entregues pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), no ínicio do mês. A dúvida dos técnicos é porque pontos historicamente próprios para banhos, e que não recebem lançamento de efluentes, apresentaram agora o resultado divergente do que apresentava há muitos anos. Devido aos resultados, o secretário realizou contato com a Cesan, que em parceria com a Agerh está realizando as análises. Ficou acordado com a Cesan que será realizada uma nova análise, nesta semana.  Vale ressaltar que antes as análises de balneabilidade eram de responsabilidade do Iema e agora são da Agerh.

Segundo a Cesan, o serviço com coleta e tratamento de esgoto alcança hoje 54,6% da população do município, porém, somente 44,5% interligaram seus imóveis às redes de esgoto. Há mais de 14 mil ligações disponíveis que não estão sendo utilizadas, isso significa que mais de 23 mil imóveis ainda lançam esgoto sem tratamento no meio ambiente mesmo tendo o serviço de esgotamento sanitário disponível. Pelo Contrato de Programa está prevista a universalização em 10 anos.