Geral

Capixabas relatam momentos de tensão e medo após ataques terroristas em Bruxelas

Dois estudantes capixabas que viram de perto os ataques terroristas relataram para o jornal online Folha Vitória, momentos de tensão no país. Os jovens contam que a rotina mudou no país

A estudante de engenharia ambiental da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Mariana Dalla Valentina, de 22 anos, passou por momentos de tensão com a irmã após verem de perto o ataque terrorista no aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, que matou 34 pessoas e deixou mais de 170 feridas, na manhã desta terça-feira (22).

Mariana publica fotos duranta a estada em Bruxelas Foto: Reprodução/Facebook

Em uma rede social da internet, a estudante se diz entristecida com o fato. "Vimos as notícias e ficamos cada vez mais angustiados e chocados. Vi muitas reações. Muitos ainda chocados e demais outros preocupados, e ainda outros aliviados por não estarem lá. Houve vários momentos em que apenas o silêncio reinou entre todos", dizia o relato.

A família de Mariana é de Ibiraçu, no Norte do Espírito Santo. O intercâmbio para a Bélgica foi o primeiro das duas irmãs. A estudante seguia com a irmã de Bruxelas para Roma. As duas estavam em um ônibus e, ao se aproximarem do aeroporto, o motorista teria parado o coletivo e explicado aos passageiros o que havia acontecido.

Em entrevista para o jornal online Folha Vitória, Mariana disse que nenhum cidadão poderia chegar perto do aeroporto, em um raio de cinco quilômetros. A estudante conta que nunca viu a cidade tão vazia.

"Eu moro perto de uma escola e, quando a gente voltou para casa, vimos os pais indo buscar os filhos e depois as ruas ficaram vazias. Agora aqui nenhum meio de transporte funciona, nem os trens, nem os ônibus. A internet e o telefone também estão ruins. Mas pelo menos já consegui avisar a minha família que estamos bem", completa.

Já o estudante de medicina Bruno Maroquio, de 22 anos, está fazendo intercâmbio em uma cidade vizinha de Bruxelas, em Namur. No país desde setembro de 2015, Bruno diz que as aulas na universidade que frequenta foram canceladas devido ao fato.

Bruno no Parque do Cinquentenário, em Bruxelas Foto: Reprodução/Facebook

"Na minha cidade o clima é de preocupação. As aulas na universidade foram canceladas, porém, a rotina da cidade não foi alterada. O comércio continua funcionando, mas é possível ver a expressão de preocupação das pessoas", relata Bruno.

A família de Bruno é de Vitória. O jovem conseguiu uma bolsa do Governo Federal e faz intercâmbio através do programa Ciência sem Fronteiras. O estudante cursa medicina e pretende seguir carreira fora do Brasil.

No momento do atentado, por volta das 9 horas, horário local, Bruno estava indo a aula quando ficou sabendo do que havia acontecido. "Quando fiquei sabendo do que havia acontecido, recebi um e-mail da reitoria da universidade em que estudo sobre as medidas de segurança adotadas", completou.

Explosões mataram 34 pessoas Foto: Reprodução/Twitter

>> O ataque: três explosões no aeroporto de Bruxelas, na Bélgica, causaram a morte de 34 pessoas e deixaram mais de 170 feridas, na manhã desta terça-feira (22). O país está em alerta máximo.

Mais de 200 voos com destino a Bruxelas foram cancelados. Autoridades como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o Papa Francisco, condenaram o ataque.

Reportagem de Andreia Foerger e Lucas Henrique Pisa

Pontos moeda