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Família de advogado que desapareceu na região Serrana conversa com equipe da TV Vitória

A enteada do advogado contou, com exclusividade para a TV Vitória, que a família está angustiada atrás de notícias. Desde sábado eles não têm informações

Camila disse que a mãe só consegue dormir com medicamentos Foto: ​TV Vitória

A família do advogado Ilealdo Vieira de Melo, de 72 anos, desaparecido desde o último sábado (12), continua a espera de notícias sobre o paradeiro do idoso. A enteada do advogado, a engenheira Camila Almeida Callado, falou com exclusividade com a TV Vitória sobre o sofrimento da família. 

De acordo com familiares, o advogado tinha o costume de sair todos os sábados de casa, por volta das 9 horas, para ir ao sítio da família, que fica no limite dos municípios de Santa Leopoldina e Cariacica, e retornava antes do anoitecer. Mas, no último final de semana, por volta das 19 horas,Ilealdo parou de dar notícias. Foi aí que Camila pegou o celular e ligou para o padrasto. “Quando eu liguei, ele disse que estava um pouco perdido, mas que logo iria  chegar em casa. Eu falei com a minha mãe, para ela não ficar preocupada”.

Com o telefonema, ela e a mãe ficaram um pouco aliviadas, mas a preocupação voltou por volta das 21 horas, já que Ilealdo ainda não havia chegado. “Ele não chegou e não atendia mais o telefone”.

O marido de Camila é delegado da Polícia Civil. Com autorização do chefe da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), foi atrás de alguma notícia. “Ele foi até a DHPP, acionou uma equipe e foi até a região fazer buscas. Eles viraram a noite fazendo as buscas e não conseguiram encontrar nada”.

O carro do advogado foi encontrado Foto: ​Reprodução

No meio da manhã de domingo (13), a polícia voltou a Santa Leopoldina e localizou o carro do advogado. “Eles acionaram outra equipe, o helicóptero da PM e voltaram ao local, mas encontraram apenas o carro dele. Dentro do veículo estavam todos os documentos dele, cartões e até um equipamento novo usado em roça. Só faltava o celular”, contou.

Quatro dias após ter saído de casa, os parentes continuam sem notícias. A esposa do advogado, de 57 anos, só consegue dormir com ajuda de medicamentos, segundo a filha. “Minha mãe está péssima. Não deixo mais ela atender telefone, e pedi para as pessoas não irem à casa dela, porque ela está muito mal. Cada um vai falando uma coisa e é muito para a nossa cabeça”.

O boletim de ocorrência foi feito pela família, que ainda aguarda uma notícia. “Nós ainda temos esperança de encontrar ele com vida. Mas queremos encontrar, não importa como. A dor de não saber, acho que é pior do que de uma notícia de morte”, diz.

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