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Menina de seis anos tem o pescoço cortado por linha de pipa em parque de Vitória

Ana Clara Santos Borchardt ficou com um arranhão, escondido por um curativo, no pescoço. A criança cortou o pescoço em uma linha de pipa enquanto andava de bicicleta

A criança ficou com um corte no pescoço Foto: Acervo Pessoal

Uma menina de seis anos teve o pescoço cortado por uma linha de pipa dentro do parque Pedra da Cebola, em Vitória quando andava de bicicleta. O fato aconteceu no último domingo (6). Ana Clara Santos Borchardt ficou com um arranhão, escondido por um curativo, no pescoço.

Segundo a mãe da vítima, Fernanda Santos do Amaral, um garoto usava linha chilena, material que pode cortar até quatro vezes mais do que o cerol, que é uma mistura de caco de resíduos de vidro e cola.

"Eu achei que fosse o guidão da bicicleta. Eu correndo com ela ensanguentada nos braços foi quando ela falou que era por causa de uma linha que um menino tinha puxado. Ela me falava muito que não queria morrer", lembra a mãe da criança.

A "linha chilena" é mais cortante que o cerol Foto: TV Vitória

No Espírito Santo, há uma lei que proíbe a fabricação e o comércio de linhas cortantes. A lei está em vigor há mais de dez anos. Existe, também, um decreto municipal de regulamento para o uso de parques em Vitória, publicado em dezembro de 2015. Entre as regras, há uma que proíbe o uso de linhas com cerol dentro dos parques.

Segundo o major do Corpo de Bombeiros Carlos Wagner Borges, há um risco de uma lesão corporal grave, muitas vezes permanente, ou até mesmo a óbito dependendo do corte. "Quando há o rompimento de uma artéria importante, a pessoa pode morrer. Se existe uma lei que proíbe a fabricação e a comercialização do produto, por que o cidadão vai adquirir o produto? ", questionou. 

Em nota, a assessoria da Secretaria de Meio Ambiente de Vitória informou que o regulamento do uso público dos parques na Capital proíbe a utilização de pipa com cerol. A secretaria pede que a população colabore com os vigilantes no trabalho de orientação e fiscalização. A secretaria disse, ainda, que os vigilantes vão intensificar a fiscalização nos parques.

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