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China e Taiwan discutem sobre processo contra suspeitos de estelionato

Redação Folha Vitória

Pequim - Um porta-voz chinês criticou Taiwan após a ilha autônoma ter libertado 20 suspeitos de fraude, apenas um dia depois de terem sido deportados da Malásia, alegando falta de provas.

China e Taiwan discutem sobre qual lado vai processar um grupo de taiwaneses, que supostamente praticou golpes via telefone contra centenas de chineses.

As autoridades da Malásia deportou 20 suspeitos na última sexta-feira (15), apesar dos protestos da China, que se considera competente porque seus cidadãos foram vítimas.

O porta-voz dos Escritório de Assuntos sobre Taiwan do Conselho de Estado da China, An Fengshan, disse ontem que Taiwan tinha "desconsiderado os interesses de muitas vítimas os prejudicou uma segunda vez" depois de libertar os suspeitos, e exortou Taiwan para "corrigir imediatamente seus erros", de acordo com um comunicado no site do escritório.

Fengshan disse que a libertação dos suspeitos prejudicou anos de cooperação bilateral em investigações criminais e apelou a Taiwan para "evitar maiores danos ao desenvolvimento das relações entre as duas partes".

A disputa tornou-se a mais recente fonte de tensão nas relações entre Taiwan e a China continental, que se dividiram por conta de uma guerra civil em 1949.

Autoridades de Taiwan viram a discussão sobre os deportados como um sinal de que a China, que reivindica Taiwan como parte de seu território e tem procurado isolar o país diplomaticamente, busca interferir com os assuntos dos taiwaneses no exterior e exercer a sua influência sobre o Quênia e a Malásia. Pequim, por sua vez, expressou a frustração por não poder lidar com suspeitos de crimes que têm como vítimas os seus próprios cidadãos, apesar de extensas investigações.

O grupo criminoso internacional, baseados principalmente fora do Sudeste da Ásia, é acusado de praticar estelionato na China através de telefonemas, fingindo fazer parte da polícia. No início deste mês, o Quênia enviou 45 taiwaneses suspeitos para a China, em vez de enviar para Taiwan, enfurecendo as autoridades do país. Fonte: Associated Press

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