Colunista do Folha Vitória, Hélio Dórea completa 85 anos nesta terça-feira

Considerado um dos principais colunistas sociais do Espírito Santo, o jornalista Hélio Dórea completa 85 anos de vida nesta terça-feira (26). E, segundo ele, 85 anos de muita história para contar, principalmente nos mais de 60 anos de colunismo social, um recorde nacional.

Nascido em Feira de Santana, na Bahia, Hélio chegou ao Espírito Santo aos 21 anos, para prestar vestibular para o curso de odontologia. Ele conta que a intenção era, inicialmente, retornar para Salvador, onde morava e havia estudado até então. "Só que eu gostei tanto de Vitória que resolvi ficar e aqui estou até hoje", diz.

E o início no jornalismo não foi menos inesperado. Hélio conta que foi convidado a escrever no jornal O Diário, que funcionava na Rua Sete de Setembro, no Centro de Vitória, para substituir um amigo, que havia se mudado para o Rio de Janeiro.

"Não esperava entrar no jornalismo, até porque cursava odontologia. Acontece que um amigo meu, que era de Cachoeiro e havia se mudado para Vitória, começou a escrever uma coluna social no O Diário, mas não conhecia quase ninguém por aqui. E como eu frequentava clubes e já havia me entrosado na sociedade, ele sempre me procurava para saber o que estava acontecendo. Um dia ele se mudou para o Rio, onde arrumou um emprego, e eu acabei ficando no lugar dele. Só que a minha ideia era ficar na coluna até terminar a faculdade de odontologia e, então, começar a atuar na minha área. Me formei em dezembro de 1955, mas continuei no colunismo social, onde estou até hoje", lembra.

E a atuação de Hélio Dórea no jornalismo capixaba foi determinante. Além de ser o colunista social há mais tempo em atividade, ele foi o criador do primeiro suplemento de jornal no Espírito Santo e um dos principais responsáveis pela criação do curso de jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

"Criei, nos anos 50, o caderno O Semanário, que era publicado todo domingo no jornal A Gazeta. A intenção era fazer a integração do colunismo social de Vitória com o do interior do Estado. Então trazíamos também notícias de Guarapari, Cachoeiro, Colatina, Conceição da Barra, São Mateus, Linhares e Barra de São Francisco. Além disso, o curso de comunicação da Ufes foi criado a partir de uma campanha que eu organizei. Na época não havia jornalista diplomado em Vitória. Todos eram autodidatas", contou.

Além disso, Hélio lembra que ajudou a captar recursos para a reabertura do museu Solar Monjardim, em Vitória, que estava fechado há anos, e a promover o intercâmbio entre as sociedades da capital capixaba e do Rio de Janeiro. "Todo ano o hotel Copacabana Palace promovia o baile ofical das debutantes do Brasil e eu sempre levava jovens daqui para debutar nessa festa", conta.

E a história do jornal online Folha Vitória também não pode ser contada sem a presença de Hélio Dórea. Sua coluna está no ar desde a criação do jornal, no dia 10 de maio de 2007. E o jornalista promete, para a data, uma publicação especial.

"Estou preparando uma publicação especial para o próximo dia 10 de maio, quando o Folha Vitória e minha coluna completam 9 anos de existência. Tive a honra de ser convidado pelo Fernando Machado (Diretor Geral da Rede Vitória) e pelo Américo Buaiz Filho (Presidente do Grupo Buaiz) a participar dessa equipe e aceitei na hora", destacou.

Há 55 anos casado com Regina Dórea, Hélio é pai de três filhos (Miguel, Hélia e Helina), avô de 11 netos e bisavô da pequena Maria, de 2 anos. Em seu aniversário, o jornalista será homenageado na casa da família Michelini, em Vitória.