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Pescadores capixabas realizam manifestação em Vitória e em Conceição da Barra

Os manifestantes reivindicam mudanças no período de defeso da pesca, adequações na proibição de pesca em Conceição da Barra e a substituição do superintendente do Ibama

Os pescadores se reuniram na sede do Ibama Foto: Rafael Madeira

Um grupo de pescadores realizou um protesto, na manhã desta segunda-feira (11), na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no Espírito Santo, localizado na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes (Beira-Mar), em Vitória. Os manifestantes reivindicam mudanças no período de defeso da pesca, adequações na proibição de pesca em Conceição da Barra e a substituição do superintendente do Ibama.

Segundo a organização, cerca de 200 pescadores de todo o Estado iniciaram o protesto no Terminal Pesqueiro de Vitória e seguiram em direção ao Ibama. Outra manifestação ocorreu ao mesmo tempo na BR 101, no Km 50, em Conceição da Barra. De acordo com a Eco 101, os pescadores fecharam os dois sentidos da pista. 

Organizador da manifestação, o pescador João Carlos, conhecido como "Lambisgoia", revela que o que mais tem indignado a categoria, é o fato de existirem dois períodos de defeso do camarão no Espírito Santo. Lambisgoia conta que, por conta disso, durante 6 meses, os pescadores são proibidos de trabalhar. "Queremos que haja apenas um período, como é feito nos outros estados do Brasil. O ideal é que o período seja durante a reprodução do camarão: dezembro, janeiro e fevereiro", comenta.

O pescador Rafael Madeira fala que a proibição da pesca na região da Foz do Rio Doce, entre a Barra do Riacho, em Aracruz, até Degredo/Ipiranguinha, em Linhares, litoral Norte do Espírito Santo, tem atrapalhado o trabalho dos pescadores. "A lei proíbe a pesca com 25 metros de profundidade, o que não adianta nada porque não tem camarão. Isso deveria ser revisto", diz Rafael.

Em nota, a Superitendência do IBAMA no Espírito Santo informou que pela segunda vez este ano foi escolhida como local de manifestação por parte de alguns pescadores capixabas, "mesmo não sendo responsável pela resolução de boa parte das demandas exigidas por este segmento".

Segundo a Superitendência, foi realizada reunião no MPF com a presença dos representantes dos pescadores, IBAMA, ICMBio e Superintendência de Pesca onde foi solicitado apoio ao MPF com a finalidade de dar maior celeridade a estas questões. Ao final, foram dados 03 encaminhamentos, que serão objeto de ações judiciais a serem propostas pelo MPF:

- Alteração do limite de profundidade para pesca de 25m para 20m (referente à decisão judicial);

- Mudança do período de defeso do camarão de Dezembro a Fevereiro;

- Pagamento de indenização imediata pela Samarco aos pescadores de camarão atingidos.

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