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Projeto de faixa exclusiva para ônibus na Grande Vitória é apresentado pelo governo

O sistema de faixas exclusivas para ônibus deve substituir o projeto anterior, de corredores exclusivos para coletivos, por conta do orçamento apertado

Reunião do Comvit realizada na tarde desta quarta-feira no Instituto Jones Santos Neves Foto: Divulgação

Diversos projetos para a área de mobilidade urbana, entre eles o de corredores preferenciais para ônibus à direita (Bus Rapid System - BRS), foram discutidos na tarde desta quarta-feira (18) por integrantes do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Vitória (Comdevit), no Instituto Jones dos Santos Neves. 

O secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Paulo Ruy, explicou que o BRS foi visto pelo governo como uma alternativa viável ao BRT (Bus Rapid Transit), prometido pela gestão de Renato Casagrande (PSB).

"Teve uma dicussão, no começo acirrada, mas agora todo mundo já baixou a bola e entendeu que quando assumimos não pudemos dar sequência à implantação do BRT, porque o projeto demandava R$ 1,8 bilhão, enquanto que os financiamentos alocados eram de R$ 740 milhões", comentou o secretário.

Temeroso em implantar o BRT, que foi taxado de imprudente pelo secretário de Obras neste contexto de crise econômica, o governo resolveu então distribuir esses recursos em obras diversas. Segundo Paulo Ruy, cerca de R$ 500 milhões foram destinados a obras como a Leitão da Silva, em Vitória, José Sette, em Cariacica, e Leste-Oeste, entre Cariacica e Vila Velha, conforme já salientado no planejamento estratégico 2016-2017 da gestão Hartung.

Já os demais R$ 240 milhões devem ficar para o sistema BRS. "No BRS a via do ônibus é à direita, como hoje. Só que ela é do ônibus e de mais ninguém. Os carros só podem passar por ela para entrar em alguma via à direita. Visitei Rio e São Paulo e o sistema está funcionando e tem ganho muito bom de velocidade no trânsito", disse o secretário.

Paulo Ruy afirmou que o projeto já foi apresentado e aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e que agora depende de algumas definições junto às prefeituras, como integração do sistema Transcol com a frota municipal de Vila Velha, a construção de um terminal do sistema Transcol em Viana, entre outras demandas das prefeituras, que ficariam responsáveis por fiscalizar o BRS.

"O sistema será administrado por guardas municipais. Eles é que vão tomar conta dessa sinalização e ver se os carros estão procedendo corretamente. O fórum vai discutir tudo isso", disse ele. Para que o BRS funcione, são necessárias algumas intervenções nas vias não muito custosas, como implantação de sinalização vertical e horizontal.

Segundo o secretário, a intenção principal da implantação do BRS e de integrar o Transcol com as frotas municipais é aumentar a velocidade das viagens e reduzir o custo. Para ele, é uma forma de racionalizar o sistema. "A manifestação, tanto dos representantes das comunidades como das prefeituras foi positiva", avaliou o secretário, que se comprometeu a ouvir todos as demandas dos municípios.

O conselho

O Comdevit é formado por 17 conselheiros, sendo sete representantes do Governo do Estado, um representante de cada um dos sete municípios da Região Metropolitana e três representantes da sociedade civil. O fórum está vinculado à Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e é presidido pelo secretário da pasta, João Coser (PT).

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