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Apostilas de cursinhos e provas da Emescam serão periciadas após suspeita de fraude

A prova da primeira fase, realizada no último dia 5 de junho, é alvo de contestação na Justiça após nove delas serem iguais ou similares a questões da apostila do Colégio UP

Resultado do vestibular está suspenso pela Justiça Foto: Divulgação

Em uma audiência de conciliação realizada na tarde desta sexta-feira (24) entre os representantes legais e advogados da Escola Superior de Ciências da Santa Casa Misericórdia de Vitória (Emescam), o Centro Educacional Charles Darwin e o Colégio UP ficou definido que será realizada uma perícia imediata nas questões de Química do vestibular de Medicina da Emescam.

A prova da primeira fase, realizada no último dia 5 de junho, é alvo de contestação na Justiça após nove questões serem iguais ou similares às questões da apostila do UP. A denúncia foi feita pelo Colégio Charles Darwin. 

Será observado na análise técnica, entre outros pontos, o padrão de elaboração das questões a partir de provas aplicadas nos vestibulares dos últimos seis anos e averiguadas as apostilas utilizadas nos últimos três anos pelo Darwin, UP e pelos professores desses colégios que ministram aulas particulares.

O intuito é determinar se a semelhança ou identidade é capaz de apresentar uma aproximação suficiente para favorecer o UP em relação ao Darwin, ou vice-versa, e se são provas consistentes e inquestionáveis para anular o processo seletivo.

As apostilas devem ser entregues à Justiça até às 17h da próxima segunda-feira (27), e posteriormente analisadas por profissionais da área de Química e Pedagogia do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), Fundação Cesgranrio e Universidade de São Paulo (USP), conhecidas pela atuação na área de vestibulares.

A divulgação da lista de aprovados no vestibular de Medicina da Emescam está atualmente suspensa pelo juiz Rodrigo Cardoso Freitas, da 5ª Vara Cível de Vitória, que alegou grave vício de similaridade entre as questões do processo seletivo e a apostila de revisão do colégio UP. A multa em caso de descumprimento é de R$ 50 mil.

A assessoria de imprensa da Emescam afirmou que não vai comentar o assunto. 

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