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‘Soberano’: funcionário público cria boi de estimação no quintal de casa em Muqui

O animal, de três anos e meio, é uma das atrações da cidade, que, além de patrimônio histórico, é conhecida também pelo tradicional carnaval do ‘Boi Pintadinho’

O boi 'Soberano' é o animal de estimação do funcionário público Elano Narduci, morador de Muqui Foto: ​Mário Valim

Um servidor público da Prefeitura de Muqui tem chamado a atenção em sua cidade por criar, no quintal de sua casa, um animal de estimação um tanto curioso. Elano Narduci, de 38 anos, tem um boi de estimação, o ‘Soberano’. Com três anos e meio, o animal pesa 800 quilos e é uma das atrações da cidade.

O proprietário do animal conta que tudo começou com uma brincadeira. “Eu assisti na TV pessoas que tinham animais de estimação exóticos. Eu sempre tive vontade de comprar um animal, mas eu queria diferente dos que as pessoas tem e que chamasse a atenção. Como Muqui é conhecida por ser a cidade do Boi Pintadinho, pensei logo no boi”, comenta.

Elano então saiu à procura do seu novo animal. “Um amigo meu tem um sítio aqui perto e tinha bezerros na propriedade. Comprei o ‘Soberano’ com um ano. Logo no início já comecei a levÁ-lo à rua para conhecer os carros e as pessoas e fui tirando a cócega das costas dele, até ir montando aos poucos. Quando comecei a fazer isso, todos me chamaram de doido e disseram que eu não tinha juízo”, brinca o funcionário público.

Segundo ele, foi preciso muita calma e paciência para que o ‘Soberano’ se tornasse um animal dócil. “Minha filha de 11 anos e meu filho de um ano e sete meses montam nele. É bem mansinho”, continua Elano. O animal é criado em uma baia no quintal de sua residência, localizada no bairro Entre Morros. Para ir até a rua, ‘Soberano’ precisa subir 14 degraus de escada.

‘Soberano’ se alimenta com ração e capim duas vezes ao dia, e a cada dois dias, toma banho. “Nesse período frio estou dando menos banho. Cobri a baia com tábuas para impedir que o vento o faço sentir mais frio. Tenho os veterinários aqui da cidade que me ajudam na manutenção do chifre, dos cascos e com vacinas”, explica Elano.

Boi adestrado

Elano participa de cavalgada montado no boi 'Soberano', que é uma das atrações da cidade Foto: ​Mário Valim

Elano trabalha como operador de moto niveladora e disse que chega a gastar R$ 400 com o boi por mês. “Nesse período de crise, o gasto tá alto e estamos um pouco imprensados. Minha mulher já está brava. Ela me chama de doido, mas não coloca empecilho em continuar com o boi. Como trabalho fora, eu pago um rapaz para me ajudar no corte de capim, e os custos ficam altos”, ressalta.

O ‘Soberano’ já participou de exposições agropecuárias em municípios do sul do Estado, e já foi uma das atrações em um rodeio. “Eu o ensinei a ajoelhar. Estávamos no rodeio e ele ajoelhou na entrada de Nossa Senhora Aparecida. Ela é igual a um cavalo. Anda para frente e para trás. Recentemente, participei de uma cavalgada em Muqui e fui montado nele”, frisa.

O funcionário disse que o boi não tem preço de marcado, mas se aparecer uma oferta irrecusável, ele pensa em vender o animal. “Tenho duas crianças e manter o animal está gerando muita despesa. O ‘Soberano’ representa muita coisa em minha vida e na vida de mais filhos. Tenho muito carinho por ele. É o meu animal de estimação”, completa Elano.

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