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Família de porteiro morto em desabamento diz que pode entrar na Justiça contra condomínio

Irmãos de Dejair das Neves, de 47 anos, estiveram no DML de Vitória, na manhã desta quarta-feira, onde liberaram o corpo da vítima. Enterro será em Cariacica

Família de Dejair pode entrar na Justiça por causa da morte do porteiro no desabamento Foto: Reprodução

A família do porteiro Dejair das Neves, de 47 anos, que morreu soterrado no desabamento da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial Resort, na Enseada do Suá, em Vitória, estuda a possibilidade de entrar com uma ação na Justiça contra o condomínio. 

Dejair foi encontrado morto em meio aos escombros, por volta das 17h30 de terça-feira (19). O corpo dele foi retirado do local pelo Corpo de Bombeiros, após um trabalho de quase oito horas, e levado para o Departamento Médico Legal (DML) da capital.

Na manhã desta quarta-feira (20), três dos oito irmãos de Dejair estiveram no DML para liberar o corpo do porteiro. No entanto, apenas Dejair das Neves conseguiu entrar para fazer o reconhecimento. "Do jeito que eu vi ele ali... Não esperava ver meu irmão naquela situação", lamentou.

Segundo Jurandir das Neves, a família considera entrar na Justiça caso a perícia aponte alguma negligência. "No condomínio já vêm acontecendo algumas falhas, parece que algumas coisas vêm aparecendo. Agora, se realmente isso vem acontecendo, a gente vai entrar sim", afirmou.

O velório de Dejair está sendo realizado, na tarde desta quarta-feira, na igreja Assembleia de Deus, em Santo André, Cariacica. O sepultamento está marcado para às 17 horas, no cemitério Cruzeiro do Sul, também em Cariacica.

De acordo com a família, Dejair trabalhava há aproximadamente dois anos no residencial, era casado e morava no bairro São Pedro. O porteiro deixa três filhos, sendo que uma está grávida. 

Homicídio

De acordo com o superintendente de polícia especializada, da Polícia Civil, Josemar Sperandio, os responsáveis pelo desabamento da área de lazer do condomínio podem responder por homicídio culposo, por causa da morte de Dejair, e por lesão corporal, já que outros três funcionários e o síndico do condomínio ficaram feridos. 

Segundo o superintendente, no momento, os trabalhos da polícia estão voltados para a conclusão da perícia. Somente após a apresentação do laudo pericial será possível concluir sobre os responsáveis pela tragédia.

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