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Grupo Ajude o Próximo promove ações para alimentar moradores de rua em Vitória

O grupo também realiza festas em asilos, orfanatos e clínicas de recuperação, tudo com o intuito de plantar amor e carinho na vida de quem mais precisa

O GAP já ajudou mais de 170 famílias, fornecendo cestas básicas, fraldas, cadeiras de rodas, cobertores, dentre outros Fotos: Romildo Neves ​

Notícias de violência contra moradores de rua são cada vez mais frequentes na sociedade. Pensando em reverter completamente esse cenário, o Grupo Ajude o Próximo (GAP) realiza ações para levar alimentos e produtos de necessidades básicas para a população de rua de Vitória. O grupo também promove festas em asilos, orfanatos e clínicas de recuperação, tudo com o intuito de plantar amor e carinho na vida de quem mais precisa.

Tudo começou no dia 13 de setembro de 2014, quando o auxiliar de laboratório e idealizador do GAP Kelvin Amaral sentiu o desejo de colocar em prática ações de ajuda ao próximo. Juntamente com seu amigo Gabriel Lucas, Kelvin montou em sua bicicleta e iniciou entregas de cafés da manhã aos moradores de rua, no bairro Centro, em Vitória. A ação foi se expandindo para amigos da dupla, até que mais pessoas tomaram ciência do grupo, aumentando consideravelmente a responsabilidade do projeto.

Atualmente, cerca de 40 voluntários fazem os trabalhos

Ao perceber a proporção que as ações estavam ganhando, Amaral decidiu levar o projeto ainda mais à sério, com a criação de um nome e melhor organização. "Muitas pessoas decidiram participar do grupo e tivemos que melhorar a estrutura. Atualmente, cerca de 40 voluntários fazem os trabalhos. Ajudamos a população de rua oferecendo café da manhã todos os domingos, às 7h, em frente a Catedral Metropolitana de Vitória, e também damos sopa às sextas-feiras, em frente ao posto Ipiranga, na Reta da Penha, às 20h", afirma Kelvin.

Os voluntários têm entre 5 e 70 anos de idade, porém, todos focados num único objetivo: ajudar o próximo

O auxiliar de laboratório revela que o GAP já ajudou mais de 170 famílias, fornecendo cestas básicas, fraldas, cadeiras de rodas, cobertores, dentre outros. Kelvin conta a experiência do Renato Lima, que com a ajuda do grupo, conseguiu sair das ruas. "Tiramos o Renato das ruas após ele passar 6 meses na clínica de recuperação Vale da Bênção. Atualmente voltou para casa e mora com a família. Além de fornecer alimentação, realizamos um trabalho de conversas e conselhos, com o objetivo de levar amor e carinho para as pessoas", diz.

Os voluntários têm entre 5 e 70 anos de idade, porém, todos focados num único objetivo: ajudar o próximo. De acordo com Kelvin, muitos moradores relatam situações de agressões que viveram. Ele diz que o Grupo Ajude o Próximo age no extremo contrário do que é relatado pela população de rua.

"No início, eles tinham receio que fizéssemos mal a eles. Porém, aos poucos, nós conquistamos a confiança deles e eles nos recebem com grande entusiasmo. Infelizmente a violência aumentou muito e os moradores de rua sofrem com essa realidade. Agimos para viver em uma sociedade mais harmoniosa e se cada um fizesse o bem, esse processo seria muito mais rápido. Muitas pessoas enxergam a população de rua como lixo, mas tenho certeza de que essa visão vai mudar", comenta Amaral, com muita confiança.

Foto: Romildo Neves

Quero participar!

Se você se interessou pelo trabalho realizado pelo GAP e tem o desejo de ajudar o próximo, basta comparecer nas ações realizadas todos os domingos no Centro de Vitória, às 7h, e sextas-feiras, na Reta da Penha às 20h. Para mais informações, sobre o Grupo Ajude o Próximo, curta a página do projeto no Facebook.

Kelvin deixa um incentivo para quem quiser ingressar nas boas ações: "É um trabalho muito gratificante. Percebemos nitidamente o olhar de agradecimento de cada pessoa que é ajudada, e isso é impagável", finaliza. 

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