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Mulher morre após receber sangue infectado durante transfusão no ES

De acordo com informações passadas pelo diretor geral do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo, as bolsas do período foram retiradas de circulação e exames foram feitos

Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes) Foto: Divulgação/Governo

Uma mulher de 54 anos morreu e outra pessoa ficou em observação após receber transfusão de sangue infectado, no Espírito Santo

O diretor geral do Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), Clio Venturin, explicou o que pode ter acontecido nos dois casos. “Nós identificamos durante uma transfusão, uma reação em uma paciente e imediatamente coletamos o sangue dela e o sangue da bolsa, o que é um procedimento padrão nosso, e por medidas de segurança, retiramos todas as bolsas do período de circulação. Fizemos exames em mais 30 bolsas e todos deram negativo. É importante frisar isso para ficar claro que temos um procedimento padrão e que existe uma qualidade nesse sangue que é transfundido. Foi um caso que infelizmente nós lamentamos e todas as investigações estão sendo feitas, tanto no primeiro caso quanto no segundo”, disse. 

O diretor disse que o caso está sendo investigado. “Os casos estão sendo investigados. Quando partimos do princípio de que foram feitas 60 mil transfusões em um ano e duas estão suspeitas de contaminação, temos uma prevalência de 0,003%. O que está sendo investigado ainda é o que pode ter acontecido nesses casos é que na assepsia ou na doação ou na manipulação da bolsa na transfusão e um caso que chamamos de específico, que foi o primeiro, o risco do doador está passando por uma bacteremia que não apresentava sintomas”. 

Segundo o diretor geral, é importante que o doador conte tudo na triagem. "Nós fazemos o exame de acordo com a legislação que pede 1% das bolsas da produção que são feitas. Nós no Hemocentro fazemos exames de bactérias em 15%. Fazemos 15 vezes mais do que a legislação pede para garantir uma qualidade maior no sangue. Nesse caso não seria detectado porque infelizmente, o próprio doador não pode prever que ele está com isso uma vez que ele não tem sintomas. É importante que o doador relate tudo na triagem clínica”, disse Clio. 

De acordo com informações passadas por Clio, as bolsas foram retiradas de circulação. “As bolsas foram retiradas de circulação imediatamente e os hospitais foram avisados. Fizemos exames em 30 bolsas e deu negativo para contaminação. As bolsas que não tiveram os exames feitos foram descartadas prezando pela qualidade”. 

Segundo Venturin, não há risco de faltar sangue para pacientes. “Não vai faltar sangue para os pacientes porque nós fizemos dentro do que preconiza. As bolsas que deram negativo nos exames para bactéria foram redistribuídas para a rede hospitalar. O que pedimos é que o doador continue confiando no Hemocentro porque é seguro. Esperamos que continue aparecendo porque as doações são muito importantes para os pacientes”. 

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