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Adolescente grávida é mantida viva por aparelhos para salvar bebê em Colatina

A médica Fabiana Patrão informa que o bebê precisa alcançar mais de um quilo para que seja feito uma cesariana com menos riscos para a criança

Rosielly está internada em um hospital de Colatina Foto: Divulgação

A adolescente Rosielly Ferreira Onofre, 17, que está grávida de sete meses, está sendo mantida viva há 30 dias com ajuda de aparelhos para salvar o bebê, uma menina que se chamará Vitória Manoela. Rosielly está internada no Hospital Maternidade São José, em Colatina, região Noroeste do Espírito Santo.

De acordo com Alexandre Ferreira Onofre, irmão de Rosielly, há um mês ela estava em casa quando começou a passar mal. A adolescente sentiu fortes dores de cabeça e acabou desmaiando. Ao ser levada para o hospital, foi diagnosticada com um aneurisma que provocou a morte cerebral de Rosielly.

A notícia foi um choque para toda a família e logo após o diagnóstico foi dada a largada a uma corrida contra o tempo. Por estar grávida de sete meses, a equipe médica que acompanha a adolescente decidiu mantê-la viva com ajuda de aparelhos para que o bebê pudesse continuar se desenvolvendo dentro dela.

De acordo com especialistas situações como a de Rosielly são delicadas. A médica Fabiana Patrão informa que o bebê precisa alcançar mais de um quilo para que seja feito uma cesariana com menos riscos para a criança.

“Vale a pena o risco de toda morbidade que a mãe está sofrendo em morte cerebral, a cada dia, um ganho de peso a mais é lucro para a saúde deste bebê. Quando ela foi diagnosticada o bebê estava com um peso muito baixo e significava um risco de morte iminente, ele dificilmente sobreviveria naquele momento”, afirmou.

Enquanto a pequena Vitória se desenvolve dentro da mãe, a família delas se reveza nas visitas diárias na UTI. As visitas não duram mais que uma hora. A família da adolescente não possui muitos recursos e conta com a ajuda de amigos e a solidariedade de desconhecidos para fazer o enxoval de Vitória Manoela.

Os médicos que atendem a adolescente não informam a data prevista para o parto, mas quando a cesária for realizada, os aparelhos que mantém Rosielly viva poderão ser desligados.

Apesar do diagnóstico, Vanda Ferreira Onofre, mãe da adolescente ainda tem esperança de que a filha volte ao normal.

“Para mim, a minha menina não está morta. Deus está agindo e vai fazer que daqui a alguns dias a gente tenha ela de volta”, disse.

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