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Capixabas relatam momentos de tensão após terremoto na Itália

Morando há quatro meses em Roma, a capixaba Carla Pedroni conta que o clima é de muita preocupação, apesar do terremoto não ter atingido a região onde ela está

Equipes da Defesa Civil e do Exército italiano trabalham no resgate Foto: Agência Brasil - Claudio Accogli/EPA/Agência Lusa

O clima é de muita preocupação na Itália após um forte terremoto, de magnitude de 6,2 graus na escala Richter, atingir a região central do país.

As informações apontam que o sismo matou cerca de 73 pessoas. Desse total, 53 são da região do Lazio, e 20 no município de Arquata Del Tronto, em Marcas. As informações são da Agência Ansa. 

Morando há quatro meses em Roma, a capixaba Carla Pedroni conta que o clima é de muita preocupação, apesar do terremoto não ter atingido a região onde ela está.

“Foi forte e mesmo não sendo em Roma, deu para sentir. A situação é crítica nas cidades que foram afetadas, soube que não estão deixando ninguém entrar nesses locais. Ainda estão mexendo nos escombros. Em Roma não teve danos, o tremor foi leve, mas todos ficam assustados porque dessa vez foi forte, mais forte do que um que teve há alguns anos. A magnitude desse foi de 6,2 enquanto o do outro foi de 5,3”, explica.

Carla conta que as pessoas já estão acostumadas com os tremores na região. “Ficamos assustados, mas as pessoas já estão acostumadas com a situação. Sempre há um medo, né? Roma não é uma área sísmica, mas existe o medo. Minha irmã contou que algumas pessoas até saíram de casa, o que é uma atitude normal quando isso acontece”, disse.

Outro capixaba que também mora na Itália é o William Guisso, que acompanhou o desespero de uma amiga durante o terremoto. Segundo ele, a jovem precisou sair as pressas de casa a procura de um lugar seguro.

“Estamos muito assustados porque é uma causa natural e nunca se sabe aonde vai ser. A gente sentiu o tremor aqui na minha cidade, mas não causou destruição. O susto e a preocupação acabam atingindo todos nós. Inclusive uma amiga minha, que estava para me visitar hoje e que mora na região atingida, teve que abandonar a casa e dormir dentro do carro dela pela segurança. Ela sentiu o tremor mais forte e viu o desespero das pessoas. Minha amiga entrou no carro, abandonou a cidade e quando chegou num local seguro, ela dormiu para aguardar tudo passar”, conta.

Ainda de acordo com Guisso, o número de mortos pode aumentar ainda mais porque as autoridades não conseguiram chegar a algumas cidades devastadas.

“Os jornais mostram que várias cidades, onde o estrago foi muito grande, a defesa civil não conseguiu chegar", diz.

Somente na cidade de Accumoli, número de desabrigados chega a 2,5 mil, dos quais 2 mil são turistas  Foto: Divulgação - UReady4Football

Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro recebeu a notícia com pesar e expressou solidariedade aos familiares das vítimas. Até o momento, não há registros de brasileiros entre as vítimas. Veja a nota completa:

"O governo brasileiro tomou conhecimento, com pesar, do forte terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada desta quarta-feira, causando dezenas de vítimas fatais e significativa destruição material, principalmente na cidade de Amatrice.

A Embaixada e o Consulado-Geral em Roma estão monitorando a situação. Até o momento, não há registro de brasileiros entre as vítimas. O governo brasileiro expressa sua solidariedade aos familiares das vítimas, ao povo e ao governo da Itália".

Terremoto

As informações apontam que o sismo matou cerca de 73 pessoas. Desse total, 53 são da região do Lazio, e 20 no município de Arquata Del Tronto, em Marcas. Somente na cidade de Accumoli, número de desabrigados chega a 2,5 mil, dos quais 2 mil são turistas.

O porta-voz do Departamento de Bombeiros, Luca Cari, disse ter recebido informações de que alguns edifícios haviam sido danificados, mas não tinha mais detalhes. "Foi o pior terremoto de minha vida", disse Matteo Berlenga, após abandonar sua casa em Gubbio, na região de Umbria.

Equipes da Defesa Civil e do Exército italiano trabalham em missões de resgate em Amatrice para encontrar possíveis sobreviventes, e contam com apoio de integrantes do Corpo Florestal e de muitos moradores.

(Com informações da Agência Ansa)

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