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Espírito Santo registra 300 casos de hepatite em apenas seis meses

A prevenção ainda é o melhor remédio que, dependendo do tipo da doença, pode levar à morte. O contágio acontece principalmente no compartilhamento de objetos pessoais

Os cuidados com o uso de alicates em salão de beleza devem ser redobrados Foto: Divulgação

A hepatite é uma doença silenciosa e, em apenas seis meses, quase 300 casos da doença foram registrados no Espírito Santo. Segundo dados da Secretaria da Saúde (Sesa) do total, 174 foram de hepatite B, 117 do tipo C e dois de hepatite A.

De acordo com o coordenador do programa estadual de hepatites virais, Marcello Leal, o risco maior ocorre no uso compartilhado de materiais. Uma simples ida ao salão de beleza, por exemplo, pode resultar na contaminação do vírus da hepatite.

“O caso de um uso compartilhado de um item de cuidado da unha pode sim transmitir o vírus da hepatite B. Este tipo de material deve ser sempre esterilizado”, ressaltou.

A orientação do coordenador é seguida à risca pela manicure Andressa da Costa. Há 18 anos na profissão, ela não consegue contabilizar a quantidade de unhas que já embelezou. Mas sabe que é grande a sua responsabilidade com a clientela e não abre mão de cuidados com o material que utiliza para trabalhar.

“Todo o material é esterilizado em um equipamento chamado autoclave. Nós utilizamos o material na cliente, após o uso ele é lavado, fazemos a higienização, celamos e novamente ele vai para o autoclave”, contou.

As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado, mas que não tratadas, podem avançar para cirrose hepática e levar o paciente à morte No ano passado, 690 casos foram registrados no Espírito Santo. Deste total, 426 pessoas contraíram o tipo B, que é transmitido principalmente por relações sexuais sem proteção e, também, pelo compartilhamento de objetos pessoais como barbeador, escova de dente, alicate de unha, seringas e agulhas contaminadas.

“Aqui no Estado a nossa maior preocupação é com a hepatite B que contempla um número maior de casos. Por algumas áreas do nosso Estado, na região interiorana em que existem uma prevalência muito grande de casos da doença”, afirmou o coordenador Marcello Leal.

O melhor remédio contra a hepatite é a prevenção e o caminho mais indicado pelas autoridades médicas é a unidade de saúde, onde a pessoa interessada pode encontrar de graça, a vacina contra dois tipos da doença.

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