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Quase um mês após desabamento, 30% dos moradores do Grand Parc continuam em hotéis

O desabamento parcial da estrutura do condomínio aconteceu na madrugada de 19 de julho. O porteiro Dejair das Neves foi atingido pelos escombros e não resistiu

Área de lazer cedeu e ficou destruída após incidente no condomínio de luxo Foto: Everton Nunes

O desabamento parcial da área de lazer do condomínio Grand Parc Residencial, na Enseada do Suá, em Vitória completará um mês nesta sexta-feira (19) e 30% dos moradores do condomínio de luxo continuam hospedados em hotéis. A estrutura atingida no desabamento vai passar por uma nova perícia solicitada pela justiça.

José Christo, morador do Grand Parc e também representante dos moradores do condomínio morou cinco anos em um apartamento do local e diz que, ao olhar para o imóvel que está desabitado o sentimento que dá e a saudade. Ele afirma ainda que o desabamento também representa um retrocesso na vida dos moradores.

“Eu acho que a sensação maior entre os moradores hoje é a de ter voltado várias etapas para trás de suas vidas, pois, o que acontece é que os moradores estão voltando a procurar lugar para morar, carros para comprar, estão voltando a procurar suas operadoras de TV para instalar, enfim, estão refazendo tudo aquilo que já tinham feito há tempos”.

Christo e os outros 30% dos moradores continuam hospedados em hotéis, outros condôminos deixaram a hospedagem e foram para imóveis alugados.

“Alguns moradores ainda não saíram de hotéis porque não conseguiram encontrar um imóvel conforme eles estão procurando, outros até já conseguiram o imóvel, mas estão arrumando primeiro ele para poder se transferir para lá”, afirmou.

O desabamento parcial da estrutura do condomínio aconteceu na madrugada de 19 de julho. O porteiro Dejair das Neves foi atingido pelos escombros e não resistiu. Outras quatro pessoas ficaram feridas, entre elas o síndico do Grand Parc. A polícia ainda investiga as causas do acidente e uma nova perícia deve ser realizada no local.

O pedido foi feito, na justiça, pela MCA tecnologia e estruturas. A empresa, responsável pelo projeto básico do condomínio quer comprovar que não há erro de cálculo e o que fez está correto.
“O que a gente tem pedido muito para todos os envolvidos é que tentem acelerar esse processo de perícia porque ele é importantíssimo para que se chegue a uma conclusão para que se diga qual foi a causa e quais são as responsabilidades”, disse Christo.

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