Justiça determina abastecimento em Marataízes e Itapemirim, mas água é imprópria para consumo
Os moradores não podem ingerir a água ou usá-la para o banho, por causa do alto teor de cloreto (sal), que pode provocar choque elétrico e até queimar os chuveiros
O juiz Rafael Murad Brumana determinou, no último domingo (18), que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Itapemirim normalize o abastecimento de água no município. Os moradores estão há dias sem água por causa da invasão do mar no rio Itapemirim, que abastece Itapemirim e Marataízes, e está bem abaixo de seu nível normal.
A decisão foi acatada pelo SAAE, que normalizou nesta segunda-feira (19), o abastecimento de água. Por nota, o SAAE ressalta que o abastecimento de água está sendo restabelecido, mas com o teor de cloreto (sal) acima do recomendado, de forma que a água não serve para o consumo humano. Não podendo ser ingerida ou para uso de chuveiros elétricos, que poderá causar choques e até queimar a resistência.
O SAAE informa ainda que está trabalhando com o intuito de resolver o problema da interferência do cloreto na água de forma definitiva o mais rápido possível, e logo que o problema seja resolvido, a população será avisada.
A ação na Justiça foi movida pela Prefeitura de Itapemirim, que ajuizou o pedido de liminar contra o SAAE. Em nota, a Prefeitura explica que o pedido foi feito até que se normalize o nível de salinização permitido pela legislação vigente.
A decisão do juiz beneficia somente o município de Itapemirim. No entanto, como o sistema do SAAE é integrado, o município de Marataízes também teve o abastecimento normalizado. Por meio de nota, a Prefeitura do município disse que também vai ingressar na Justiça contra o SAAE com um novo pedido de liminar.
