Geral

Setembro tem campanha de vacinação para crianças e adolescentes

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explicou que até o ano passado eram aplicadas duas doses da vacina inativada contra poliomielite (VIP), injetável, aos 2 e aos 4 meses

A vacinação começa no dia 19 Foto: Divulgação/Governo/ Assessoria de Comunicação/Sesa

Setembro é mês de vacinação para crianças e adolescentes. A Campanha Nacional de Multivacinação – que será realizada entre os dias 19 e 30, com o Dia D no dia 24 – visa atender crianças menores de 5 anos de idade (até 4 anos 11 meses e 29 dias) e crianças e adolescentes na faixa de 9 a menores de 15 anos (até 14 anos 11 meses e 29 dias). A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) destaca que o objetivo é colocar em dia a carteira de vacinação de quem estiver com o esquema vacinal incompleto ou desatualizado.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, orienta que pais e responsáveis levem as crianças e os adolescentes das faixas etárias estabelecidas a uma unidade de saúde municipal, nesse período, para que a carteira de vacinação seja avaliada. Segundo ela, serão ofertadas na campanha todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente.

“É importante que a carteira de vacinação seja avaliada pelo profissional de saúde para que a criança ou o adolescente não corra o risco de ficar sem a proteção que precisa, principalmente porque estamos em fase de transição do plano de erradicação mundial da poliomielite e o esquema e a composição dessa vacina – que é administrada em menores de 5 anos – estão sendo alterados”, ressaltou Danielle Grillo.

Poliomielite

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explicou que até o ano passado eram aplicadas duas doses da vacina inativada contra poliomielite (VIP), injetável, aos 2 e aos 4 meses, e a terceira dose  e os reforços eram feitos com a vacina oral contra poliomielite (VOP), ou seja, a gotinha, aos 6 e aos 15 meses e também aos 4 anos de idade. 

A partir deste ano, as crianças passaram a receber as três primeiras doses do esquema com a VIP aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida. Já a VOP continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, aos 4 anos e também durante a campanha nacional de multivacinação, para que as crianças tenham oportunidade de receber a vacina caso estejam com o esquema vacinal incompleto. 

“A VOP trivalente, que protege contra os sorotipos 1, 2 e 3 da poliomielite, foi substituído pela VOP bivalente, que oferece imunização contra os sorotipos 1 e 3. A criança só vai receber o sorotipo 2 com a VIP”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.

Danielle Grillo diz que as três doses de VIP que são administradas nos primeiros meses de vida da criança já conferem proteção. Entretanto, as doses da VIP visam proporcionar imunidade individual e minimizar o risco de eventos adversos associados ao uso da vacina oral atenuada, e as doses de VOP propiciam uma imunidade populacional (coletiva) e de longa duração, protegendo contra o risco potencial de reintrodução de poliovírus selvagens por meio de qualquer país do mundo, mas especialmente daqueles considerados exportadores do poliovírus. 

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, hoje a doença afeta um número reduzido de crianças ao redor do mundo. No entanto, esta situação pode mudar rapidamente se a erradicação não for completa, uma vez que a doença tem potencial epidêmico.

“O reforço com VOP é feito porque a vacina oral faz o que chamamos de imunidade rebanho. A criança expele o vírus no ambiente e a população também se beneficia da imunização daquela criança. Para erradicar totalmente a doença, é necessário eliminar o poliovírus derivado da vacina atenuada através da retirada gradual da vacina oral poliomielite, começando com o componente tipo 2. A retirada está centrada no fato de que o poliovírus selvagem tipo 2 esteja erradicado desde 1999”, esclarece Danielle Grillo.

Ela diz, ainda, que a vacina oral bivalente potencializa a imunidade para os sorotipos 1 e 3. E a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que, no futuro, só exista a vacina inativada contra pólio. 

Vacinas que serão ofertadas na campanha

BCG: protege contra formas graves de tuberculose;
Hepatite B: protege contra a hepatite B;
Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B (bactéria que causa meningite);
Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;
Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;
Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;
VIP e VOP: protegem contra os sorotipos 1, 2 e 3 da poliomielite.
Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa): protege contra difteria, tétano e coqueluche
Dupla Adulto (dT) protege contra difteria e tétano
Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;
Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;
Hepatite A: protege contra a hepatite A.
HPV: protege contra quatro tipos de papilomavírus humano, dois deles responsáveis por 90% das verrugas genitais e os outros dois pelo aparecimento de cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Febre amarela: protege contra a febre amarela e é recomendada para crianças e adolescentes que vão se deslocar para áreas fora do Espírito Santo com recomendação de vacinação. 

Pontos moeda