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Record e Globo divergem sobre apagão que pode deixar até 500 mil sem TV

As maiores redes de comunicação do brasil Record e Globo divergiram sobre a decisão do apagão, que se tornou opcional e teve uma nova avaliação marcada para o dia 17 de novembro

As previsões são que o apagão deixará cerca de 500 mil pessoas sem TV aberta Foto: Reprodução

Um acontecimento histórico marcou uma reunião realizada na última terça-feira (25) em Brasília. As maiores redes de comunicação do brasil Record e Globo divergiram, pela primeira vez, sobre uma decisão envolvendo a TV digital, mais precisamente sobre o apagão analógico, que tinha previsão de ocorrer na última quarta-feira (26) no Distrito Federal e em algumas cidades de Goiás. Entretanto, o apagão se tornou opcional e uma nova avaliação foi marcada para o dia 17 de novembro.

De acordo com informações do Notícias da TV, as previsões são que o apagão deixará entre 300 e 500 mil pessoas sem TV aberta. A Globo, o SBT e a Abert (Associação Nacional das Emissoras de Rádio e Televisão) se manifestam como favoráveis ao adiamento do desligamento do sinal analógico. Porém, a Record e e Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) mudaram de posicionamento e defendem o apagão analógico para já, assim como as companhias telefônicas.

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Uma pesquisa realizada pelo Ibope, entre os dias 10 e 21 de outubro, é o que norteia os posicionamentos dos dois grupos. O Distrito Federal e seu entorno já possuem 90% dos domicílios aptos a receberem televisão digital, isso de acordo com os critérios do Gired (Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV), que congrega todas as emissoras, associações, governo e teles.

Ainda segundo o Notícias da TV, a normatização da televisão digital diz que o apagão analógico (quando os sinais analógicos são desligados) só deve ocorrer quando houver 93% de digitalização. Porém existe uma margem de erro que subsidia uma decisão pelo desligamento. Os números significam que entre 300 mil e 350 mil pessoas ficarão sem TV.

Todos os televisores de tela fina são considerados como digital pelo Gired. Já os radiodifusores (Globo, SBT e Abert) assumem um papel de defensores de que nem todo televisor de tela fina é digital, ou seja, não possuem conversor integrado ou acoplado. Por esse critério, a mesma pesquisa do Ibope informa que há 85% de digitalização em Brasília e arredores. 

A Globo e Abert foram contra o desligamento porque entendem que várias pessoas ficarão sem TV, e pressionam o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) a adiar o desligamento.

Já Record e telefônicas afirmam que a TV digital não pode mais esperar, e que o adiamento irá comprometer a credibilidade do processo de migração, que no ano que vem deve chegar a São Paulo, o maior mercado do país. A TV digital foi lançada no Brasil em 2007 e já deveria estar quase toda implantada.

O Gired, no entanto, decidiu que o apagão analógico é opcional desde a última quarta (26),  e que em 17 de novembro haverá uma nova avaliação. Na prática, nenhuma emissora vai desligar seus transmissores analógicos até lá. 

As companhias telefônicas têm interesse no desligamento analógico porque usarão as frequências a serem desocupadas pelas emissoras de TV para ampliar a rede de banda larga móvel (4G).

As informações são do Notícias da TV do UOL.

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