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Um ano após tragédia, seminário em Mariana reúne pesquisadores que atuam na bacia do Rio Doce

Evento conta com a participação de seis especialistas, de diversas áreas, que abordam temas refentes a água, fauna, flora, impactos sociais e direitos dos atingidos

“É possível recuperar o Rio Doce e a vida dos que dele dependem?”. É isso que pesquisadores de diferentes áreas de estudo – água, fauna, flora, impactos sociais e direitos dos atingidos – pretendem responder durante o Seminário Rio de Gente: desafios para recuperação do Rio Doce, promovido pelo Greenpeace, em parceria com o projeto Rio de Gente, e com apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). 

Passagem da lama na barragem de Mascarenhas, em Baixo Guandu Foto: Agência Brasil

O evento, que ocorre um ano após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, considerado o maior desastre ambiental do Brasil, é realizado no auditório do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto (ICSA-UFOP), no campus de Mariana (MG), sempre das 9 às 18 horas.

O primeiro dia do seminário foi realizado nesta segunda-feira (31), com um debate envolvendo seis especialistas em diversas áreas. O evento continua nesta terça-feira (01), com visita de campo, pela manhã, e novo debate, à tarde.

Nesta segunda-feira, seis times de pesquisadores independentes de universidades brasileiras, como Esalq/USP, UFRJ, UFBA, UFMG e UFES, se reuniram com outros especialistas para apresentar os resultados parciais de seus estudos, após seis meses de análises de campo. Eles são financiados por recursos de doação levantados por dois shows beneficentes em homenagem à cidade mineira.

Passagem de lama pelo Rio Doce causou a morte de diversas espécies Foto: Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios

De acordo com a coordenadora da campanha de água do Greenpeace do Brasil, Fabiana Alves, como o conteúdo apresentado pelos especialistas durante o seminário, nesta segunda-feira, refere-se a resultados preliminares dos estudos, ainda não é possível falar em números. Segundo ela, a previsão é de que as pesquisas sejam concluídas entre dezembro e fevereiro.

"O que é possível afirmar hoje, segundo esses estudos, é que há um certo nível de toxidade na água do Rio Doce. Matas ciliares inteiras foram perdidas e ainda hoje, um ano após o desastre, ainda há árvores morrendo", destacou.

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