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Vazão do Rio Jucu cai e aumenta risco de novo racionamento na Grande Vitória

Com a volta do período seco, a vazão de água é de 5,1 mil litros por segundo, abaixo da crítica, que é de 5,29 mil l/seg. Segundo ambientalista, o rio chegou a 11 mil l/seg com a chuva

Com a seca, Rio Jucu volta a ficar abaixo do nível crítico Foto: TV Vitória

Depois da recente decisão da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) de suspender, parcialmente, o rodízio no racionamento de água em parte da Grande Vitória e a volta da estiagem, o nível do Rio Jucu – responsável pela água distribuída a 1,1 milhão de pessoas – voltou a ficar abaixo do crítico. 

Com a volta do período seco, a vazão de água é de 5,1 mil litros por segundo, abaixo da crítica, que é de 5,29 mil l/seg. Por esse motivo, a Cesan anunciou que a suspensão do abastecimento que havia cessado em diversos bairros da região metropolitana pode voltar ainda nessa semana.

“No início do mês, quando choveu, o rio chegou a 11 mil litros por segundo. Em menos de 15 dias ele voltou ao estado crítico, o que mostra que o solo não está absorvendo a água”, alertou o ambientalista Eduardo Pignaton.

A situação do Rio Santa Maria, que abastece o restante da Grande Vitória, é ainda pior: a vazão é de 1,4 mil litros por segundo, menos da metade do nível crítico, que é de 3,8 mil l/seg, mesmo com as restrições feitas na parte continental de Vitória, em parte de Cariacica, em todo o município da Serra e no bairro Praia Grande, em Fundão.

Para os ambientalistas, em curto prazo, a solução de baixo custo para o que acontece nos rios Jucu e Santa Maria é a escavação de caixas secas, ou seja, buracos com dois metros de profundidade e um de diâmetro em encostas nas margens das estradas que capta a água da chuva e os sedimentos levados por ela.

“A construção das caixas secas vai permitir que a água da chuva fique estacionada, em vez de descer direto para o leito do rio, dando tempo de recarregar o lençol freático”, ressaltou Pignaton.

O presidente da Agência de Recursos Hídricos (Agerh), Paulo Paim, diz que o governo pode, sim, lançar mão da instalação dos equipamentos. “A caixa seca cumpre dois papéis: por um lado guarda a água da chuva e por outro impede que o solo carregado pela força da água se deposite no fundo do rio, gerando assoreamento”. 

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