Governo confirma que macacos morreram por febre amarela no ES

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) confirmou, na manhã deste sábado (21), durante uma coletiva, que macacos morreram por causa da febre amarela em dois municípios do Espírito Santo. Além disso, um homem de Ibatiba morreu. A morte ainda está sendo investigada, mas a suspeita e que tenha sido por conta da doença. 

De acordo com o Governo do Estado, macacos que foram encontrados mortos em matas dos municípios de Colatina e Irupi, e a causa foi a febre amarela silvestre. A confirmação veio do Instituto Evandro Chagas, no Pará. O instituto está investigando as mortes dos mais de 80 macacos em território capixaba. Por conta da morte dos animais, os locais onde eles foram encontrados são considerados uma área de risco. 

A confirmação da doença em macacos chegou junto com a suspeita de uma morte por febre amarela no Espírito Santo. Um morador do município de Ibatiba, um homem de 33 anos, morreu com sintomas de febre amarela. Ele procurou atendimento em Manhuaçu, que fica em Minas Gerais, na divisa com o Espírito Santo, e morreu na cidade mineira. A causa da morte ainda está sendo investigada. 

O secretário de Saúde Ricardo de Oliveira disse que o homem morreu por alguma doença hemorrágica. O diagnóstico de febre amarela foi dado pelos médicos mineiros, mas a doença não foi confirmada por meio de exames. 

Outros 11 casos suspeitos, de pacientes que ainda estão internados, são investigadas pela Fiocruz. Assim como amostras dos animais mortos seguem em análise no Pará. Os macacos infectados são da espécie Bugio conhecido também como barbado. Comum na mata Atlântica. Irupi e Colatina, onde a febre amarela silvestre já foi confirmada nos macacos que morreram, estão na lista dos 37 municípios capixabas onde há vacinação preventiva de toda a população. Em 26 cidades, a campanha começou na última sexta-feira (20). 

Para abastecer os postos de saúde de todo o Estado, o Governo pediu um milhão de doses extras da vacina. Na semana que vem 170 mil começam a chegar.

Registros da doença

A febre amarela silvestre volta ao Espírito Santo depois de mais de 50 anos sem registro de casos da doença. Nos últimos 10 anos, 500 mil capixabas foram imunizados e estão protegidos da febre. Apesar das atuais confirmações em macacos, o secretário afirma que a vacinação nos 37 municípios da faixa de bloqueio foi uma ação preventiva para evitar que a doença chegue ao estado na forma urbana.

Fora da área de bloqueio, as vacinas continuam sendo aplicadas apenas para quem precisa viajar para regiões de risco de febre amarela, incluindo as matas capixabas. Para impedir que a doença chegue aos centros urbanos, o secretário pede que as pessoas evitem viajar e combatam o Aedes Aegypti.