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Capixabas tentam retomar rotina e mulheres continuam nas portas dos batalhões

Elas afirmam que querem conversar com o governador do Estado para terminarem o movimento. Além disso, exigem anistia administrativa para todos os policiais

No último sábado (11), os PMs chegaram a se apresentar no Quartel de Maruípe, mas foram impedidos de sair Foto: Agência Brasil

A rotina do capixaba começou a voltar ao normal na manhã desta segunda-feira (13). Mesmo com alguns policiais já nas ruas, as mulheres e familiares de PMs continuam acampadas em frente aos batalhões. Elas ocupam os locais desde o último dia 4 e prometem sair só depois de uma reunião com o governador do Estado, Paulo Hartung. 

O grupo quer que essa reunião aconteça em um "campo neutro", como a Assembleia Legislativa, por exemplo. "Queremos pôr um ponto final nisso. Entramos no movimento para reivindicar o reajuste salarial, porque em 2017 as perdas chegarão a 47%. É um direito previsto na Constituição. Não sabíamos a proporção que o movimento iria tomar", afirmou Cristina, porta-voz das representantes dos PMs do 6º Batalhão.

Segundo ela, o protesto que paralisou a segurança pública no Estado "ganhou uma proporção muito maior" do que elas imaginavam e "está na hora de colocar um ponto final". Cristina disse que as lideranças querem se encontrar com as autoridades para acabar com o impasse. "Queremos fazer o que o governador tem falado por esses dias: conversar olhando no branco do olho", afirmou Cristina.

Para encerrar o movimento, ela disse que uma questão é inegociável, além daquela inicial que é o reajuste salarial. "A gente exige anistia administrativa, criminal e militar para 100% dos PMs e para todas as mulheres", sustentou. 

O Governo do Espírito Santo afirmou que já se reuniu mais de dez vezes com os familiares de militares desde o início das manifestações buscando o diálogo e a resolução. Na última sexta-feira houve um acordo com as associações de militares para o retorno dos oficiais ao patrulhamento e não há previsão de nova reunião. Segundo o governo, o diálogo permanece aberto com as associações.

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