Para relembrar mortos, manifestantes colocam cruzes no Palácio Anchieta
O movimento busca lembrar as mais de 100 mortes registradas durante a paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo.
Grupos de movimentos sociais e sociedade civil organizada se reuniram em frente ao Palácio Anchieta em um protesto silencioso na tarde deste domingo (12). Cerca de 150 pessoas caminharam com cruzes pretas em volta do palácio e colocaram os objetos com velas e flores na escadaria da sede do Governo do Estado. O movimento busca lembrar as mais de 100 mortes registradas durante a paralisação da Polícia Militar no Espírito Santo. 50 cruzes foram espalhadas no local.
A presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Morgana Boostel, afirma que o movimento busca também levar a responsabilidade dessas mortes ao Estado e ao governador Paulo Hartung.
"Essa matança deve encerrar urgentemente. O real motor dessa situação é o projeto fatalista de austeridade. Querem nos fazer acreditar em uma escolha entre dois lados, entre policiais e governo do Estado", diz um documento assinado pelas organizações.
Participaram do movimento a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviços Sociais, Conselho Regional de Psicologia, Conselho Regional de Serviço Social, centros de defesa dos direitos humanos, movimentos dos negros e entidades religiosas.
