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Desmanche de bicicletas desativado vira criadouro de ratos e insetos em Vila Velha

O galpão no bairro Santos Dumont, em Vila Velha, está tomado por mato, lixo e ainda há muitas bicicletas desmontadas no local. Os moradores não aguentam mais tantos ratos e insetos

O galpão foi encontrado em Vila Velha Foto: ​ Reprodução / TV Vitória

Um galpão interditado há seis meses preocupa os moradores do bairro Santos Dumont, em Vila Velha. O local foi apontado pela Polícia Civil como ponto de desmanche de bicicletas e se tornou criadouro de mosquitos, baratas e camundongos. 

O técnico de informática Schenilton Carvalho reclama que desde o final do ano passado a residência dele foi invadida pelos animais devido o galpão. 

“A situação está crítica aqui dentro de casa. A gente tem criança aqui e corre o risco de pegar uma doença e isso pode acontecer a qualquer momento”, disse. 

Dentro da residência da dona de casa Rita Costa Carvalho, os cuidados foram intensificados. As panelas ficam sempre cobertas com panos de prato. Mesmo assim, segundo ela, é difícil evitar a ação dos ratos. As prateleiras do armário dela foram roídas e ela afirma que encontra com frequência fezes desses animais dentro do fogão.

“Em toda parte da casa encontro fezes dos ratos e eu não sei mais o que fazer. Não dou conta de limpar”, disse. 

De acordo com a comunidade, os ratos apareceram após a interdição de um galpão desativado em setembro do ano passado. O local foi apontado pela polícia como possível ponto de desmanche de bicicletas. Moradores foram informados que o imóvel ficaria fechado por 40 dias para perícia. O problema é que até hoje, seis meses depois, ele continua interditado e não recebe os devidos cuidados.

“A justiça determinou que ele ficasse fechado e ate hoje nada foi resolvido. Isso vem acumulando rato, barata e mosquito demais”, afirmou Schenilton. 

Além da grande quantidade de bicicletas que ainda está no galpão, o local está tomado pelo mato e há lixo por toda a parte. Os moradores afirmam que os agentes de combate realizam o trabalho na região, mas não é suficiente.

Por meio de nota, a prefeitura de Vila Velha disse que vai enviar uma equipe ao local para fazer um levantamento de dados sobre o imóvel e analisar a área interna. Após essa visita, irá definir os procedimentos legais que serão adotados. Já a polícia civil informou que o inquérito foi enviado à justiça e virou processo judicial.

Uma decisão deferida no dia 2 de fevereiro de 2017 sobre o caso e publicada no diário oficial no dia 16/02/2017 explica que o imóvel não será restituído por quem pleiteia. "Tendo em vista que a defesa não logrou êxito em comprovar a propriedade do imóvel cuja restituição requer, tampouco o embaraço, ressalto, visto que alega tratar-se de expansão do terreno em que o acusado reside, embora diversa a porta de entrada, nos termos do artigo 120, do Código de Processo Penal, indefiro o pleito de restituição de coisa apreendida", diz a decisão. 

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