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Município de Cachoeiro é destaque nacional no tratamento de água e esgoto

Os investimentos foram muitos ao longos dos últimos anos, e resultado disso, é que a cidade não sofreu, até o momento, com racionamento de água durante a crise hídrica

Atualmente 33 reservatórios estão em pleno funcionamento, monitorados em tempo real pelo Centro de Controle Operacional Foto: ​Divulgação

Cachoeiro foi um dos primeiros no Brasil a solucionar as questões de saneamento básico, através de uma parceria entre a iniciativa privada e o poder público, com contrato de concessão firmado em 1998. A Odebrecht Ambiental é a responsável pelo abastecimento de água em toda a área urbana da Sede e dos distritos do município.

“Em 1998, quando o serviço de água e esgoto foi concedido à iniciativa privada em Cachoeiro, 80% da população era atendida com abastecimento de água de qualidade e somente 3% tinham esgoto tratado. Atualmente, 99,6% da população urbana recebe água tratada de qualidade, e 98,45% dos serviços de esgotamento sanitário estão disponíveis na área urbana, inclusive nos distritos, evitando a poluição do rio Itapemirim e dos córregos”, explica o diretor da Odebrescht Ambiental, Bruno Ravaglia.

Segundo ele, os investimentos ocorreram de forma continuada. Já são quase duas décadas de concessão e muitos desafios foram encontrados pelo caminho, como: construções irregulares, lançamento de dejetos no rio e em córregos; processo de construção de trechos de redes que exigiam intervenção em terrenos de clientes; vandalismo e construção em espaço confinado. 

Além disso, o crescimento irregular da cidade exigiu construir redes de abastecimento num ritmo mais acelerado, e a crise hídrica, que já vinha sendo anunciada e que necessitou de investimentos na construção de novos reservatórios, para evitar que a população fosse impactada com racionamento. Foi necessário, com a crise hídrica, intensificar o trabalho de conscientização, que gerou uma redução do consumo em torno de 25% em comparação com a média nacional. 

Crise hídrica  

Por causa da crise hídrica e o longo período de estiagem, a situação do rio Itapemirim continua sendo uma preocupação Foto: ​Reprodução

A situação do rio Itapemirim continua sendo uma preocupação em função da crise hídrica, por causa dos longos períodos de estiagem. A vazão ao longo de 2016 foi menor que em 2015, com índices de chuvas muito abaixo da média histórica, o que impacta diretamente à vazão dos rios. 

De dezembro do ano passado até agora, houve uma melhoria na frequência e no volume das chuvas, mas nada que represente uma melhoria significativa. Para se ter uma dimensão da situação, nos três primeiros meses de 2015, a média da vazão do rio foi de 15.300 litros por segundo, enquanto neste ano, a vazão média tem ficado e, 35.900 litros por segundo. 

O fato de Cachoeiro estar atravessando a crise hídrica sem racionamento, até então, se deve a adequações e investimentos realizados para modernização e ampliação do sistema de água. Em 2014, por exemplo, a concessionária concluiu a construção de mais um reservatório de água, que proporcionou um aumento de 40% na reservação existente. Atualmente, são, ao todo, 33 reservatórios em pleno funcionamento, monitorados pelo Centro de Controle Operacional, em tempo real. Só nos últimos quatro anos, foram construídos 12 novos reservatórios.  

O índice de perdas baixo também é um dos motivos que faz com que a cidade possa suportar a escassez hídrica por mais tempo. Cachoeiro é considerado referência, com um índice de 13%, enquanto a média nacional é 36,9%. As equipes de manutenção da concessionária atuam 24 horas por dia, todos os dias da semana, efetuam o devido reparo, evitando perdas de água. 

Avanços

De 2012 a 2016, foram realizados investimentos de R$ 65 milhões, para modernizar e ampliar os serviços Foto: ​Divulgação

De 2012 a 2016, a Odebrecht Ambiental realizou mais um ciclo de investimentos, de R$ 65 milhões, para modernizar e ampliar os serviços, com a implantação do Plano Municipal de Água e Esgoto (PMAE), para atender à área de expansão urbana e localidades mais distantes.

“Para avançarmos ainda mais na universalização dos serviços, temos alguns investimentos a serem realizados, previstos no Plano Municipal de Água e Esgoto (PMAE), como a construção de 2,6 km de rede de água em diversas localidades e 5,7 Km de rede de esgoto, além da continuidade de ações para evitar perdas de água e a conclusão da rede de água de Alto Moledo”, completa o diretor. 

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