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Secretário de Desenvolvimento Urbano de Vila Velha fala sobre a implantação do sistema de embarcações turísticas

Antônio Marcus Machado

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Uma parceria entre as prefeituras de Vitória e Vila Velha tenta viabilizar a implantação de um sistema turístico de embarcações para passageiros. O projeto vai permitir a travessia dos passageiros entre a Praça do Papa, na capital, até a Prainha, na cidade canela-verde.

As cidades estão trabalhando juntas para colocar o projeto em prática. Um decreto já está sendo preparado e, em breve, já poderá receber a manifestação de interesse por empresas que queiram participar do projeto após a publicação da sua regulamentação.

Para entender melhor sobre o funcionamento deste novo sistema de transporte, o Jornal Online Folha Vitória conversou com o secretário de Desenvolvimento Urbano de Vila Velha, Antônio Marcus Machado, que falou também sobre a importância desse projeto para a mobilidade sustentável.

Folha Vitória: Como se seria o funcionamento deste serviço?
Antônio Marcus Machado: Vamos iniciar com um modelo de turismo e lazer entre Vitória e Vila Velha. Inicialmente, serão ecobalsas para atender a turistas e moradores aos finais de semana, mas a ideia é levar para Porto de Santana, Ilha das Caieiras, entre outros pontos. A nossa intenção é chegar até o aquaviário de uma forma mais ampla para os municípios. Este primeiro percurso é histórico e envolve o nascimento do Estado. Temos o Convento em Vila Velha e a Cruz do Papa em Vitória. Estes dois locais possuem amplo estacionamento. Vitória tem ciclovias e já tem o sistema de bicicletas compartilhadas, o que pretendemos fazer também em Vila Velha, além de já termos também as ciclovias. Em datas festivas como Festa da Penha ou Sete de Setembro, o sistema vai ser muito utilizado.

F.V.: Qual é o papel dos municípios envolvidos nesse sistema?
A.M: Os municípios não vão investir recursos próprios. O que vamos fazer é viabilizar que empresários possam investir neste sistema. Assim como já existe em outras cidades, vamos permitir que alguém tenha interesse em realizar essa prestação de serviços.

F.V.: Quais são as características das embarcações deste serviço?
A.M:
Serão embarcações no modelo Catamarãs que vão levar de 40 a 50 bicicletas por viagem. A travessia deve durar de seis a oito minutos. Serão lanchas confortáveis, com Wi-Fi, e o pagamento das passagens será via aplicativo. O valor deve ser igual ao aplicado no Transcol, mas este preço deve ser definido pelo investidor. Enxergamos que um preço melhor pode trazer mais clientes. Mais a frente também pretendemos integrar o sistema de bicicletas compartilhadas das duas cidades.

F.V.: O Governo do Estado tem algum papel neste sistema?
A.M.:
O Estado não está sendo envolvido neste momento. As prefeituras estão se entendendo entre si para sinalizar a implantação. A previsão é que no final setembro o sistema já comece a operar. Pelo menos neste período já estará apto para o funcionamento.

F.V.: Como esse novo sistema de transporte pode interferir no Sistema Transcol?
A.M.:
Acredito que o transporte público pode melhorar, pois o nosso sistema vai dar uma nova alternativa para as pessoas. A ideia inicial é que o funcionamento seja de sexta-feira a domingo, mas nada impede que o empresário investidor coloque para funcionar durante a semana. Isso é o mercado que vai dizer. Quem passeia por aqui vai poder utilizar, além de cadeirantes e ainda os usuários de bicicletas.

F.V.: Qual a importância desse sistema para a mobilidade urbana e o turismo nas cidades envolvidas?
A.M.:
Temos três motivos bons para a implantação deste sistema. Primeiro, que mostra as belezas naturais da entrada da Baia de Vitória. Poucas cidades no mundo tem uma beleza tão formidável. Um outro motivo é resgatar a importância das hidrovias e do aquaviário. Por fim, também queremos valorizar a cultura da mobilidade sustentável para evitar o uso de carros e ônibus, que são grandes poluentes.

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