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Golpes no WhatsApp e Instagram: veja dicas para não ser mais uma vítima!

Fernando Mendes

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Nos últimos meses, as redes sociais se tornaram também uma ferramenta para prática de golpes e propagação de vírus que podem infectar aparelhos eletrônicos. O mais recente começou a circular no início deste mês e chegou a milhares de pessoas. A mensagem, repassada via WhatsApp, era sobre o pagamento do 14º salário e para fazer a consulta, o usuário deveria acessar um link e responder algumas perguntas. Com isso, criminosos conseguiriam infectar telefones para aplicar golpes financeiros futuramente. 

O Instagram também não escapou dos golpes. Por lá, a ação é um pouco diferente: cibercriminosos usam o nome de marcas famosas para criar falsas promoções, com o objetivo de promover o perfil e atrair curtidas e seguidores. Depois disso, eles oferecem o perfil a donos de empresas e marcas que ainda estão começando, com a proposta de que a rede social já vai começar com uma certa popularidade. A Zara foi uma das marcas que teve o nome usado em uma suposta promoção que prometia R$ 800 em vale-compras para os 10 mil primeiros seguidores. O golpe chegou até aos capixabas e com a repercussão a assessoria de imprensa confirmou que o perfil não pertencia à marca. 

Diante desses e de outros casos, no WhatsApp, Instagram, Facebook e em outras redes sociais, o jornal online Folha Vitória conversou com o especialista de redes sociais, Fernando Mendes, para explicar um pouco mais como funcionam esses novos golpes e deixar a população em alerta. Confira! 

Folha Vitória: Fernando, nós vimos que o número de golpes nas redes sociais cresceu, principalmente no Instagram e WhatsApp. Como funcionam os golpes nesses aplicativos?
Fernando Mendes: No Instagram, pode acontecer assim: eles atraem os seguidores e depois quando conseguem um bom número, podem vender para bandas, lojas e marcas já com 'seguidores reais'. Isso eu nem chego a chamar de golpe, mas é importante ficar atento porque pode evoluir para algo mais sério. Eles podem, por exemplo, importar essa lista de seguidores para mandar mensagens e pedir informações pessoais. 

F.V: Esses aplicativos deveriam facilitar a comunicação e entreter os usuários. Como vê o uso deles para a prática de crimes?
F.M: Qualquer aplicativo que tiver muita gente vai sempre atrair a atenção de criminosos. É só pensar no seguinte: Tem uma sala vazia e uma sala cheia, então o assaltante obviamente vai na cheia. Isso acontece principalmente no WhatsApp, porque muita gente não tem o hábito de usar as redes sociais, então acabam se tornando alvos mais fáceis.  

F.V:  Qual a sua orientação para os usuários que receberem algo duvidoso nesses aplicativos?
F.M: Se chegou algo muito mirabolante, é importante sempre jogar no Google, porque se for verdade, vai ter lá. No Instagram, as grandes empresas têm o perfil verificado, que é aquele sinalzinho azul perto do nome, então isso também ajuda a identificar. Os canais oficiais devem ser procurados sempre, porque se é uma grande promoção, com certeza vai estar no canal da marca. 

F.V: Existe algum tipo de programa ou aplicativo para bloquear páginas que não são seguras?
F.M: Aplicativos não, mas existe o próprio protocolo de segurança da internet. Os navegadores, como o Google, quando observam Hoje, muitos navegadores já entregam as paginas que pagam por esse protocolo. Então é importante observar, alguns já mandam a mensagem de que a página não é segura. 

F.V: Qual os problemas esses golpes podem causar? Você acha que a tendência para o futuro é que isso aumente ou que tenhamos mais mecanismos para evitá-los?
F.M: Alguns desses golpes geram links que, se abertos, podem instalar vírus. Isso é perigoso porque, hoje em dia, temos muitos aplicativos instalados com dados pessoais, que mostram nossa localização e outras informações. Hoje, nas redes sociais, 80% das notícias são falsas, então sempre tem que desconfiar. 

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