Polícia

Inquérito conclui que PM mentiu quando alegou ter sido vítima de racismo em hipermercado de Vitória

  Foto: Arquivo / TV Vitória O inquérito da Polícia Civil concluiu que o policial militar Edson Rosa, de 45 anos, mentiu ao alegar ter sido vítima de racismo em um hipermercado da avenida Nossa Senhora da Penha, a Reta da Penha, em Vitória, em fevereiro deste ano.

De acordo com a delegada titular do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da Capital, Larissa Lacerda, nada do que foi alegado pelo policial foi comprovado durante as investigações. "Através das câmeras de videomonitoramento e de depoimentos das testemunhas, nós concluímos que não houve nenhuma conduta criminosa por parte de nenhum funcionário do supermercado. Ele apenas foi parado pelo segurança, que pediu que o homem apresentasse o cupom fiscal", afirma.

Na ocasião, em entrevista à TV Vitória, no dia 18 de fevereiro, Edson disse que foi obrigado a tirar a roupa para uma suposta revista. "O cidadão me abordou dentro do banheiro, mandou eu me despir e perguntou se eu tinha pagado o vinho. Eu respondi que tinha e que estava com a nota. A única coisa que eu fiz foi ser feio, barrigudinho,  baixinho e negro", disse.

Edson Rosa será indiciado por denunciação caluniosa e, se condenado, pode ficar preso de dois a oito anos. O inquérito foi encaminhado para a Justiça e será analisado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que dará continuidade ao processo.

O caso

No dia 18 de fevereiro deste ano, o cabo da Polícia Militar afirmou ter sido vítima de preconceito ao sair de um hipermercado com duas garrafas de vinho em Vitória. No dia do ocorrido, o cabo se mostrou muito constrangido e foi escoltado por viaturas da PM até o DPJ de Vitória. No dia do fato, o hipermercado não quis se pronunciar sobre o ocorrido.

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