Polícia

Operação Sanguinello: empresários deixam presídio de Viana

Ao todo, seis pessoas foram detidas na Grande Vitória, no último dia 28. Os empresários estavam no CDP de Viana. Prazo da prisão temporária terminou na última sexta-feira (06)

Operação Sanguinello Foto: TV Vitória

Os empresários Ricardo Lúcio Corteletti e Cristiano da Silva, detidos na Operação Sanguinello, deixaram a prisão na madrugada deste sábado (07), segundo informações da Secretaria de Justiça do Espírito Santo.

Os dois estavam no Centro de Detenção Provisória de Viana, e foram liberados devido ao término da prisão temporária.

Os empresários são acusados de integrarem um esquema especializado em fraudar o recolhimento de ICMS na compra e venda de bebidas, principalmente o vinho.

De acordo com a assessoria do MPES, a escolha por não pedir a prorrogação da prisão temporária dos acusados se deve ao fato da investigação não ter terminado. Segundo a assessoria, com as investigações, novos suspeitos podem ter participação do esquema. 

Os investigados foram presos desde o último dia 28 de maio. No dia 1 de junho, o prazo do primeiro pedido de prisão temporária terminou, mas o MPES pediu a prorrogação da prisão dos acusados por mais cinco dias. 

Além de Ricardo Corteletti e Cristiano da Silva, o empresário Frederico de Lima e Silva Leone, Ricardo Corteletti e Sandra Corteletti também chegaram a ser presos, mas já estão em liberdade.

Entenda o caso

A “Operação Sanguinello” foi deflagrada no dia 28 deste mês, pelo MPES. O objetivo foi desarticular e colher provas relativas a uma organização criminosa que atua no setor atacadista e varejista de bebidas em todo o Espírito Santo e Estados vizinhos, cujas ações em terras capixabas apontam para operações comerciais fraudulentas da ordem de R$ 230 milhões. 

A operação e as investigações são realizadas em parceria com Ministério Público, a Secretaria da Fazenda e a Polícia Civil de Minas Gerais, onde também foram realizadas buscas e apreensões.

Ao todo, seis pessoas foram detidas na Grande Vitória. As investigações tiveram início em outubro de 2013, a partir de levantamentos feitos pela Receita Estadual e o Ministério Público do Espírito Santo e de Minas Gerais. Os fatos se tornaram mais evidentes a partir de fevereiro de 2014, quando um empresário, proprietário de um restaurante em Vila Velha, denunciou crimes de sonegação fiscal, associação criminosa e falsidades de toda ordem em sua página de uma rede social pouco antes de suicidar. O episódio corroborou com o trabalho que já vinha sendo executado pelo Ministério Público e a Receita Estadual do Espírito Santo.

Diarista empresta CPF e nome é usado em sonegação

O nome da diarista Marta Marques Mariano é apontado no esquema de sonegação de impostos na venda de bebidas alcoólicas no Estado. Empresas fantasmas, que deveriam funcionar em Cariacica, estão no nome da diarista. O suposto esquema de fraude foi descoberto durante a Operação Sanguinello. Ela deveria ser a sócia proprietária dos estabelecimentos, mas ela afirma que só este ano ficou sabendo dessas empresas.

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