Polícia

Aumenta em 5% o número de homicídios registrados no 1º semestre no Espírito Santo

Em entrevista ao telejornal Espírito Santo no Ar, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, explicou que a polícia tem atuado para controlar esses números

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O número de assassinatos aumentou 5% no primeiro semestre deste ano no Espírito Santo. Em apenas seis meses, foram 870 homicídios, 47 a mais do que o mesmo período de 2013.

Em entrevista ao telejornal Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, explicou que a polícia tem atuado para controlar esses números. “Nós estamos em um processo de retomada do controle desses indicadores. Nós começamos um ano com problemas especialmente em Cariacica, enfrentamentos de quadrilhas que levaram a um número de mortes acima do que esperávamos. Chegou a ser de 16% o aumento de homicídios no início do ano, foram 67 homicídios a mais quando fechamos o primeiro trimestre. Terminamos o semestre com esse aumento de 5% e no dia de hoje, estamos com menos de 2%, ou seja, 19 homicídios de diferença com relação ao ano passado. A expectativa é que nos próximos três meses a gente retome o processo de redução que marca o registro de homicídios nos últimos três anos”, afirma.

Uma série de estratégias, elaboradas pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, contribuem efetivamente para o controle desses números. 

Além disso, segundo o secretário, o Espírito Santo foi o estado que mais prendeu homicidas neste ano. “Nós temos o programa Estado Presente, que é uma série de estratégias de cumprimento de mandados, de operações da Polícia Militar e Civil que nós monitoramos semanalmente. A cada dia nós definimos as estratégias para o enfrentamento ao crime, que é feito de forma integrada entre as duas polícias. Além disso, nós temos o maior número de homicidas presos neste ano no país, foram mais de 870 homicidas presos. Apenas 3% das prisões desses homicidas acontecem em flagrante, as outras acontecem de forma planejada. É um mandado que é cumprido, uma investigação que é feita pela polícia. Estamos também no terceiro ano do aumento no número de apreensões de armas, um indicador importante, já que 83% das mortes acontecem em função da arma de fogo”, explica.

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Queda no número de assaltos

Se por um lado o número de homicídios no Estado aumentou nos seis primeiros meses deste ano, houve uma queda no número de assaltos e arrombamento, os chamados crimes contra o patrimônio. 

De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, o trabalho da polícia é feito com base na prevenção. “Nossa proposta é controlar os crimes contra o patrimônio, já que é impossível acabar com isso. Quando não se dá para prevenir, o indivíduo está sendo preso na maioria das vezes. Com a introdução da Patrulha da Comunidade, quase todas as regiões que apresentavam, em janeiro, os maiores indicadores de crimes contra o patrimônio, fecharam julho com uma média de 35% de redução em assaltos, roubos em via pública e arrombamentos. O caminho apontado é esse, aumentar a nossa capacidade de prevenção” disse.

Além disso, o secretário afirma que as vítimas de assaltos e arrombamentos precisam registrar as ocorrências e assim, ajudar no trabalho da polícia. “O que eu peço aos comerciantes ou a quem foi assaltado é que registre a ocorrência. Esse registro é importante para a polícia, para que possamos fazer o planejamento mais adequado. Em muitos casos, os arrombamentos não são de natureza policial, são de questões sociais e saúde pública, usuários de drogas, andarilhos que assaltam. Se tivéssemos um trabalho social bem feito e elaborado, o trabalho da polícia seria mais fácil”, afirma.

Em muitos casos de assaltos e arrombamentos registrados na Grande Vitória, os donos dos estabelecimentos reclamam da falta de investigação por parte da polícia. 

Um exemplo é uma loja de celulares, localizada no Centro de Vila Velha, que já foi assaltada 33 vezes. O proprietário do estabelecimento disse que a polícia prendeu os suspeitos do crime, mas ele não acredita que os envolvidos fiquem detidos por muito tempo.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, o cidadão pode procurar a polícia para dar mais informações. “Toda e qualquer situação em que o cidadão se sentir prejudicado pela falta de investigação policial, a Secretaria está aberta para receber informação e encaminhar à delegacia responsável. Nós temos muitos casos da falta de registro da ocorrência e assim fica difícil fazer o mapeamento das ocorrências. É com esse mapeamento que a polícia vai às ruas e decide onde atuar, quais horários fazer os patrulhamentos”, finaliza. 

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