Polícia

Mais de 300 casos de agressão a idosos são registrados no Estado em apenas seis meses

Segundo a polícia, na maioria das vezes, a violência acontece dentro de casa, como é o caso de um idoso, de 67 anos, que não quis se identificar. Conheça a história dele!

Idoso era agredido constantemente  Foto: Divulgação

Os números de violência contra o idoso na Grande Vitória chamam a atenção para um dado assustador. De janeiro a junho deste ano, mais de 317 casos de agressões contra integrantes da "Melhor Idade" foram registrados na Delegacia do Idoso.

Segundo a polícia, na maioria das vezes, a violência acontece dentro de casa, como é o caso de um idoso, de 67 anos, que não quis se identificar. Ele denunciou a própria neta após não aguentar mais ser agredido fisicamente pela familiar.

O homem contou que a neta foi morar na residência dele aos 15 anos de idade. “Eu a criei, dei carro, paguei a faculdade, acolhi dentro de casa. Arrumei estágio pra ela, e, mesmo assim, apanhava”, afirmou.

De acordo com a vítima, as agressões pioraram após a neta se formar. O motivo para a violência seria a vontade da neta de possuir o apartamento do avô, lugar onde ela foi acolhida. “Eu dei tudo que ela precisava. Depois que terminou os estudos, ela ficou ainda mais violenta. Ela me batia muito, me dava chutes, beliscões. Até hoje eu tenho as marcas. Ela queria que eu passasse o meu apartamento para ela. Ela dizia, abertamente, que enquanto eu não fizesse o que ela queria, eu sofreria”, contou.

Ele diz que o amor que sentia pela neta o impedia de denunciá-la. Mas, temendo o pior, o idoso resolveu dar um basta na situação, procurando uma delegacia e registrando a ocorrência. “Ela sabia que devido a um problema no coração, eu não posso ficar nervoso. Ela me batia e eu perdia a voz, não conseguia pedir ajuda. Um dia fiquei com medo e procurei uma delegacia", explicou.

Ao chegar na local, uma viatura acompanhou a vítima até a residência, mas a agressora não foi encontrada. Segundo a polícia, um processo por agressão tramita na justiça contra a neta do idoso. Ele também conseguiu uma medida protetiva, que garante que a neta agressora não chegue a menos de 200 metros do avô.

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