Polícia

Ministro defende ação da polícia no caso dos cambistas

Redação Folha Vitória

Rio - Perguntado sobre o esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, elogiou a investigação feita pela Polícia Civil do Rio. Ele também defendeu a prisão do CEO da empresa Match, o inglês Raymond Whelan, um dos acusados de fazer parte da quadrilha de cambistas, afirmando que o governo federal "não dialoga com bandido".

"A postura do governo brasileiro foi a postura que a Polícia Civil do Rio de Janeiro adotou. Investigou e prendeu o principal responsável e está por prender aqueles outros. Não dialogo com esse tipo de gente. É cadeia. O governo não dialoga com bandido. Lugar de bandido para nós é a punição adequada", afirmou Gilberto Carvalho, em entrevista coletiva no Centro Aberto de Mídia, em Copacabana, na tarde desta quinta-feira, no Rio.

O ministro ressalvou, porém, que "uma coisa é o desvio ocorrido por uma pessoa que tem relações com a Fifa" e outra coisa é a relação do governo com a Copa do Mundo. "Tudo está indicando que a presidenta Dilma venha ao Rio para receber os chefes de Estado, que felizmente virão em um número bastante grande para o Rio, onde ela vai fazer a entrega da taça a quem vencer (na final de domingo)", afirmou.

Whelan foi preso na segunda-feira e solto na madrugada de terça, beneficiado por habeas corpus concedido pela desembargadora Marilia de Castro Neves Vieira, que foi casada com o procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira.

Na quarta-feira, o delegado Fábio Barucke, da 18ª DP, indiciou Whelan e outros 11 acusados de participação no esquema. Ele também pediu a prisão preventiva de 11 dos indiciados, entre eles o CEO da Match, que é acusado de associação criminosa.

Nesta quinta-feira, a Justiça decretou a prisão de Whelan, mas ele teria fugido antes da chegada dos policiais ao Hotel Copacabana Palace, onde estava hospedado, e é considerado foragido. O inglês é apontado pelos investigadores como principal fornecedor do esquema milionário de venda ilegal de ingressos para a Copa. Sócia da Fifa, a Match acusa a polícia do Rio de ter feito uma prisão "ilegal e arbitrária".

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