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Polícia de Minas Gerais deve começar buscas pelo corpo de Eliza Samúdio

Durante uma entrevista para uma rádio, Jorge Rosa Sales, 21 anos, primo do goleiro Bruno afirmou nesta quinta-feira (24), que o corpo da mulher foi enterrado em uma pequena chácara

Busca por corpo depende do clima Fotos: Divulgação

A chuva que atinge Belo Horizonte, em Minas Gerais, pode prejudicar, ou pelo menos, adiar as buscas pelo corpo da ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samúdio. A assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais informou que vai esperar o tempo melhorar para avaliar se começam ou nãs as buscas pelo corpo de Eliza. As informações são do portal R7.

Durante uma entrevista para uma rádio, Jorge Rosa Sales, 21 anos, primo do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pela morte da sua ex-amante Eliza Samudio, afirmou nesta quinta-feira, 24, que o corpo da mulher foi enterrado em uma pequena chácara próxima ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime ocorreu em 2010 e o corpo da modelo nunca foi localizado.

Sales, que era menor de idade na época, foi condenado e cumpriu medida socioeducativa em Minas por ter sido considerado culpado pelo sumiço de Eliza. Ele foi solto em setembro de 2012 e atualmente mora no Rio de Janeiro. A afirmação foi veiculada no programa Haroldo de Andrade, da Rádio Tupi. "Ela foi assassinada e enrolada em um lençol e colocada dentro de um saco plástico preto e enterrada em um buraco bem fundo escavado com trator em uma chacarazinha perto do aeroporto de Belo Horizonte", disse.

Sales foi o primeiro a denunciar a participação de Bruno no desaparecimento da modelo. Segundo ele, o corpo de Eliza teria sido levado ao local em uma EcoEsport e o goleiro teria ajudado a jogar terra na cova, escavada próxima a um coqueiro. "É próxima a uma estrada de chão, bastante deserta. Sei chegar ao local. Tem um coqueiro grande. E mesmo se não tiver esse pé, eu sei onde está", declarou.

O primo de Bruno foi acusado pela polícia de ter presenciado a morte de Eliza na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da moça. O imóvel fica em Vespasiano, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Questionado sobre o motivo das declarações neste momento, Sales disse que o caso ainda "mexe muito" com ele. "Foi muita pressão em cima de mim", afirmou.

O ex-advogado de Sales, Eliézer Jônatas de Almeida Lima, foi apontado na entrevista como uma das pessoas que teriam pressionado o primo do goleiro Bruno. Sales disse que o ex-advogado lhe pedia para "mudar as versões". Eliézer Jônatas de Almeida nega. "Infelizmente, não sei qual o motivo de ele aparecer agora e falar isso. Jamais o orientei nesse sentido", garantiu.

Na entrevista, o primo do goleiro isentou Bruno de ter tido participação ou conhecimento da morte de Eliza. O advogado de Bruno, Tiago Lenoir disse que a própria defesa ficou surpresa com as declarações de Sales. "Teve a oportunidade de falar isso em vários momentos e não falou. Vamos aguardar, agora, para ver o que o Ministério Público e a polícia vão fazer. Se isso virar prova e for usado no processo, vai ter tratamento adequado", ressaltou Lenoir.

O primo de Bruno, na mesma entrevista, acusou Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, como o mentor da trama, auxiliado por Bola. Ambos foram condenados pela morte de Eliza e hoje cumprem pena em regime fechado em prisões de Minas Gerais. O advogado de Bola, Ércio Quaresma, disse que as declarações de Sales não passam de oportunismo. "Ele mudou a versão uma dezena de vezes. Agora, estão querendo apontar o holofote sobre o processo, que está apagado, e o Jorge serve para isso", acusou Quaresma.

As informações são do portal R7 e do jornal O Estado de São Paulo

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