Polícia

Servidor público cai em golpe imobiliário e perde dinheiro de festa de 15 anos da filha

Três meses após a negociação, o contrato chegou, mas ao invés da assinatura, o local foi preenchido por um carimbo com endereço de Belo Horizonte

Homem pede justiça Foto: Divulgação

Um novo golpe tem feito vítimas no mercado imobiliário capixaba. Um funcionário público foi a primeira pessoa a procurar à Delegacia de Defraudações (Defa). O suspeito pelo crime foi identificado, mas ele afirma que também é vítima. O imóvel usado para atrair a suposta vítima fica em Jardim Camburi, Vitória, e seria a realização de um sonho para o servidor público, mas o negócio não passou de uma ilusão.

A vítima afirma ter assinado os documentos para compra em maio. Segundo ele, como valor de entrada do imóvel foram dados mais de R$ 8 mil transferidos direto para a conta do possível dono. Além do valor transferido, o servidor público deu mais R$ 1.700,00 para o corretor que efetuou a venda, além de nove cheques no valor de mil reais, que completariam o valor da entrada. Três meses após a negociação, o contrato chegou, mas ao invés da assinatura, o local foi preenchido por um carimbo com endereço de Belo Horizonte, Minas Gerais. 

O comprador desconfiou dos detalhes e procurou mais informações. “Eu vi que tinha alguma coisa errada e levei o contrato para um stand de vendas. O gerente do local viu e falou que era falso”, conta. 

A mediação do negócio foi feita por um homem, que na época, trabalhava para a construtora. Mas o rapaz afirma que estava prestando serviços para outro corretor. “Eu apenas pegava os documentos e entregava para outro corretor, eu também comprei um apartamento”, diz. 

O suposto corretor e a vítima foram parar na delegacia. Nos documentos apresentados pelo comprador do apartamento, outro detalhe chamou a atenção: o CPF do corretor cadastrado na construtora é diferente do que consta no contrato de prestação de serviços. Para a polícia, o corretor disse que saiu da construtora há 30 dias, no entanto, em poder do ex-funcionário ainda estavam a camisa e o crachá da empresa. 

O funcionário público está revoltado. “Eu me sinto lesado. Um funcionário com crachá e uniforme transmite confiança. O dinheiro seria usado para o apartamento ou para uma festa de 15 anos da minha filha, agora não temos nenhum dos dois. Eu quero que a empresa se responsabilize”, afirma

A polícia investiga se há outros envolvidos. Também há a suspeita de que outras pessoas foram vítima do golpe. A polícia pede que possíveis vítimas procurem à delegacia. 

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