Polícia

Médica que mandou cortar o pênis do ex-noivo está de volta ao trabalho

O crime aconteceu quando a vítima rompeu o relacionamento com Myriam na semana em que subiria ao altar. Ela cumpre a pena em regime semiaberto

A urologista trabalha durante o dia e se apresenta na unidade prisional à noite Foto: Reprodução Facebook

A médica que foi condenada a seis anos de prisão, após mandar cortar o pênis do ex-noivo que desistiu do casamento, está de volta ao trabalho. Myriam Priscilla de Rezende Castro cumpre a pena em regime semiaberto na penitenciária feminina Estevão Pinto, na região leste de Belo Horizonte, em Minas Gerais. 

Ela recebeu em junho autorização da Justiça para trabalho externo. A urologista trabalha durante o dia e é obrigada a se apresentar na unidade prisional no início da noite. O benefício foi confirmado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que cumpre determinação da Justiça. A secretaria não divulga o tipo de trabalho nem o nome do hospital onde a médica atende. A defesa de Myriam Castro não foi encontrada, de acordo com o portal R7. 

Myriam cometeu o crime em 2002 e foi condenada em 2009, mas ficou em liberdade até 2014 por conta de recursos. Mesmo condenada, o Conselho Regional de Medicina permitia que exercesse a urologia, que cuida justamente do aparelho genital masculino.

A vítima rompeu o relacionamento com Myriam Castro na semana em que subiria ao altar. Revoltada, ela incendiou o carro e a casa do ex-noivo e ameaçou atacá-lo. Dias depois, a vítima foi cercada por dois homens contratados pelo pai da médica. Os homens avisaram que estavam a mando de Myriam Castro e do pai dela, Walter Ferreira de Castro, 76 anos. O irmão da vítima foi obrigado a assistir à mutilação e desmaiou ao testemunhar a cena. Mesmo depois da mutilação, ela voltou a procurar o rapaz, segundo depoimentos prestados à Polícia Civil.

Após o crime, a médica mudou-se para Barbacena, na região central de Minas, onde continuou trabalhando normalmente. Ela foi condenada a seis anos de prisão por lesão corporal gravíssima, mas não chegou a ser presa. Em 2013, Myriam mudou-se para Pirassununga, em São Paulo, onde foi presa.

No Facebook, Myriam chegou a afirmar que primeiro se faz o "rascunho" e depois a "obra-prima". Ela também questionou quem julga os erros dos outros.

Com informações do R7

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