Polícia

Suspeitos de incendiarem ônibus na Grande Vitória são presos em bairros da Grande Vitória

Os supostos envolvidos foram encontrados em bairros de Viana e Cariacica. Segundo a polícia, todas as pessoas detidas tinham alguma passagem pela Justiça, sob várias acusações

Acusados foram detidos em bairros da Grande Vitória Foto: Divulgação

Uma operação articulada pela Polícia Civil, que contou com a participação da Polícia Militar, prendeu 15 pessoas suspeitas de envolvimento nos incêndios aos ônibus na Grande Vitória, na manhã desta sexta-feira (19).  Dos acusados, nove são menores de idade.  O objetivo da ação era encontrar os mandantes dos atentados a três ônibus nos últimos dias.

Os supostos envolvidos foram encontrados em bairros de Viana e Cariacica. Segundo a polícia, todas as pessoas detidas tinham alguma passagem pela Justiça, sob várias acusações. Além dos nove suspeitos, foram apreendidos dois revólveres calibre 38, um calibre 3-5-7 e uma pistola 380.

Quase mil reais distribuídos entre cheques e celulares também foram apreendidos. Os policiais localizaram, também, munições e maconha prensada. Entre os detidos, a polícia capturou Alex Medrades Borges, de 24 anos, acusado de um duplo homicídio e que estava foragido.

A polícia descartou a hipótese das ordens terem saído de dentro dos presídios. Para os investigadores, os incêndios aos ônibus foram uma retaliação dos criminosos ao aumento da ação policial na região onde os coletivos foram incendiados. De acordo com a polícia, os 15 detidos não fazem parte de uma quadrilha, já que agem separadamente. As investigações pretendem mostrar qual a real função de cada acusado nos atentados. 

Relembre os casos
Três ônibus incendiados em menos de quatro dias. Só no bairro Marcílio de Noronha, no município de Viana, dois coletivos foram queimados, em pouco mais de 48 horas. Na noite da última segunda-feira (15), o crime aconteceu por volta das 20h30. O coletivo que faz a linha Jardim Camburi x Marcílio de Noronha, foi incendiado no ponto final do bairro. O motorista do veículo, que estava dentro do veículo na hora em que o crime aconteceu, contou para os policiais que oito adolescentes entraram no coletivo com garrafas de combustível nas mãos. Dois deles estavam armados. O motorista disse que ele foi arrastado pelos suspeitos, que em seguida atearam fogo no coletivo. 

A vítima contou que antes de fugirem, os suspeitos disseram que o ataque foi em represália a operação da Polícia Militar, que aconteceu na última quarta feira (10), em Flor de Piranema. Na ocasião, dois suspeitos de cometerem crimes foram mortos. 

O presidente do Sindirodoviários esteve no local e disse que a linha incendiada atende cerca de 500 pessoas diariamente. Por conta dos ataques, a linha não deve seguir até o ponto final por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por questões de segurança, mas na manhã desta terça-feira (16), os seletivos ainda passavam pelo ponto final do bairro. 

Foi o segundo coletivo alvo de bandidos no mesmo lugar. Na madrugada do último domingo (14), o ônibus do sistema Transcol estava parado no ponto final do bairro quando o incêndio começou. Nenhuma pessoa estava dentro do coletivo. 

O outro incêndio aconteceu em Cariacica, no dia 12 deste mês. Um homem chegou ao ponto final da linha 736, no bairro de São Conrado, com uma arma e cinco litros de óleo diesel, rendeu o motorista e o trocador do ônibus, e ateou fogo no veículo.

Apesar dos três ataques em menos de três dias, a Secretaria de Estado de Segurança Publica (Sesp) negou que ordens dadas de dentro de presídios tenham provocado as chamas nos coletivos. De acordo com a Sesp, a ideia é totalmente descartada, já que a inteligência da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) descartou  a hipótese.

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