Polícia

Mulher é agredida e mantida em cárcere privado pelo marido em Iconha

Mulher era mantida em cárcere privado pelo marido em Iconha, e família não conhecia dois dos cinco filhos do casal. O Juizado da Lei Maria da Penha libertou a mulher

Juizado Itinerante Lei Maria da Penha Foto: ​Divulgação

Uma mulher mantida em cárcere privado em Iconha, pelo marido, ganhou medida protetiva do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), essa semana. A mulher era proibida pelo marido de sair de casa, e a família dela, que mora distante, e não conhecia dois dos cinco filhos do casal.

Ela também sofria violência física e psicológica, e pediu ajuda no ônibus itinerante do TJES e a equipe que atua no juizado, em parceria com o Conselho Tutelar e a Secretaria de Ação Social do município, conseguiu que a dona de casa voltasse para junto de sua família.

O TJES atendeu mulheres vítimas de violência doméstica durante essa semana, no município do sul do Estado, Iconha, através do juizado itinerante da Lei Maria da Penha. O atendimento ocorreu no ônibus adaptado da Coordenadoria de Violência Doméstica do TJES, que prestou assistência a oito mulheres, sendo que três casos ganharam medida protetiva e um mandado de prisão cumprido.

Segundo Ilca Oliveira Bonjardim, assessora da coordenadoria de Violência Doméstica contra a Mulher, o número de atendimento não foi grande, mas significativo para aquelas mulheres. “Elas não teriam chance de ser atendidas em ambiente próprio e com equipe multidisciplinar que conta também com policiais militares que atendem prontamente no caso de mandados de prisão”, informou a assessora. 

O Juizado Itinerante percorre municípios do Estado onde não há Varas Especializadas de Violência Doméstica. Em 24 de novembro, será a vez de Colatina receber a visita do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha

Serviços do ônibus itinerante

Ficam disponibilizados serviços como confecção de Boletins de Ocorrência (B.O.), assistência jurídica e eventual concessão de medida protetiva, bem como trabalhos de divulgação e conscientização sobre a Lei Maria da Penha, com distribuição de cartilhas e panfletos.

No ônibus há cinco salas, uma para a equipe multidisciplinar, onde psicólogos e assistentes sociais prestam atendimento a mulheres vítimas de violência ou a seus familiares; sala da Defensoria Pública; sala da Delegacia da Mulher, e sala de audiência – onde o juiz ouve as partes e as testemunhas – e o cartório do Juizado Itinerante da Lei Maria da Penha.

Pontos moeda