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Polícia ameaça deter manifestantes em Hong Kong

Redação Folha Vitória

Hong Kong - A polícia de Hong Kong disse que deterá os manifestantes que tentarem invadir prédios governamentais da região, após os ativistas ameaçarem bloquear as entradas de mais edifícios oficiais.

O superintendente chefe da polícia de Hong Kong, Steve Hui, afirmou que os agentes de segurança vão tomar medidas "decisivas" para restaurar a ordem, se os manifestantes concretizarem a ameaça. "A polícia vai ter recursos humanos suficientes para lidar com cada situação", disse.

Os ativistas e a polícia ficaram frente a frente nas proximidades do escritório do executivo-chefe Leung Chun-ying, no distrito de Admiralty, que fica ao lado dos edifícios do governo central. A polícia foi vista com equipamento antimotim, enquanto manifestantes liderados por estudantes bloqueavam a entrada de uma van no complexo do governo.

Alguns ativistas - irritados com a decisão de Pequim de aumentar o poder político em Hong Kong - dizem que estão se preparando para cercar mais escritórios do governo e realizar piquetes do lado de fora dos edifícios, se o prazo de meia-noite (horário local) passar sem nenhuma resposta.

Organizadores do movimento Federação de Estudantes de Hong Kong, um dos principais grupos de jovens nas ruas, reiterou a ameaça de escalar os protestos se Leung não renunciar até o final do dia. Os organizadores disseram que iriam cercar mais prédios do governo e tentar bloquear a entrada de funcionários.

Em outro sinal de tensão, o principal jornal do Partido Comunista da China advertiu que a situação em Hong Kong poderia aumentar, se os manifestantes não foram colocados sob controle.

Mas, na quinta-feira, os ativistas mostraram poucos sinais de que recuariam e continuaram a pedir a renúncia de Leung. Autoridades do governo já disseram que ele não vai entregar o cargo por causa da ameaça de protesto. Eles também colocaram a responsabilidade de encontrar uma solução para o impasse diretamente nas costas dos manifestantes, alegando que os ativistas ainda não aceitaram um convite para se encontrar.

"Já abrimos a porta. Cabe agora a eles", disse um alto funcionário do Hong Kong na quinta-feira, referindo-se aos manifestantes.

Mais cedo, nesta quinta-feira, alguns manifestantes do lado de fora do complexo do governo central em Hong Kong disseram que o plano era impedir que Leung fosse trabalhar na sexta-feira, quando os funcionários voltam de um feriado de dois dias.

"Queremos evitar que Leung venha trabalhar para que ele fale com a gente e explique por que a polícia usou gás lacrimogêneo", disse o recém-formado Ho Kit Ming, de 23 anos, que estava sentado na beira de uma cerca perto da prédio do governo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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