Polícia

Reforço da PM nos ônibus: em uma semana, sete detidos e drogas e armas apreendidas

Desde quando começou o reforço na segurança, sete foram apreendidos. Além dos detidos, foram apreendidos maconha, 120 gramas de cocaína e um revólver calibre 38

Sindirodoviários dizem que motoristas e cobradores trabalham com mais tranquilidade Foto: TV Vitória

Após uma semana de atuação de policiais militares dentro de ônibus das 45 linhas consideradas mais perigosas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários) apresentadas à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o balanço feito, tanto pela polícia quanto pela categoria, é positivo.

De acordo com a polícia, desde quando começou o reforço na segurança, sete pessoas foram apreendidas. Os suspeitos foram flagrados com drogas e arma. Segundo o Major Wellington Barbosa Pessanha, além dos detidos, foram apreendidos maconha, 120 gramas de cocaína e um revólver calibre 38, com três munições.

"O balanço que fizemos foi bem positivo. Conversando com os usuários do transporte coletivo, com motoristas e cobradores, fica claro que a sensação de segurança aumentou. O nosso trabalho, inclusive, é elogiado pelos passageiros, motoristas e cobradores", conta.

Os passageiros ainda sentem temor dentro dos ônibus por causa da violência Foto: Reprodução/TV Vitória

O Sindirodoviários também elogia a atuação da Polícia Militar e diz que está mais seguro trabalhar nas linhas perigosas da Grande Vitória. "Realmente a PM está trabalhando muito bem e posso dizer que os motoristas e cobradores estão sim trabalhando com mais segurança", diz o presidente do Sindirodoviários, Carlos Roberto Louzada.

A equipe de reportagem da TV Vitória, porém, percorreu uma das linhas mais perigosas do sistema Transcol, a 616, que liga o Terminal de Itaparica ao bairro Morada da Barra, em Vila Velha. Durante todo o percurso, a equipe não encontrou nenhum policial. Moradores do bairro disseram que ainda há muita violência nos ônibus. A polícia diz que é impossível estar em todos os coletivos.

A linha 616, do Transcol é considerada uma das mais perigosas da Grande Vitória Foto: TV Vitória

"É importante lembrarmos que nosso policiamento é dinâmico. Não ficamos em uma linha de maneira fixa. Há um rodízio. Estamos trabalhando até além da demanda do sindicato. Não dá para a PM estar em todas as linhas. Independentemente da demanda do sindicato, o bairro Morada da Barra já estava contemplado no patrulhamento ostensivo", afirma o Major Pessanha.

Segundo os moradores do bairro, criminosos estariam monitorando a presença dos policiais nos ônibus. A denúncia dá conta de que os integrantes de gangues embarcariam em três pontos em Barramares. "Geralmente eles param o ônibus, entram, procuram quem eles querem, roubam quem eles querem e depois saem do ônibus de cara limpa", diz um morador do bairro que utiliza ônibus.

O estopim para a crise

No dia 30, os motoristas cruzaram os braços e o dia foi de caos Foto: Janderson Detoni/WhatsApp Folha Vitória

No dia 27 de setembro, um motorista foi baleado na barriga dentro do ônibus que trabalhava, próximo ao Terminal de Campo Grande, em Cariacica. Antes disso, um bairro de Viana, na Grande Vitória, também sofreu atentados de ônibus incendiados.

Os crimes causaram revolta na categoria que não deixou nenhum ônibus circular, no dia 30 de setembro. A população foi pega de surpresa e o dia foi marcado pelo caos, na Grande Vitória.

A categoria se reuniu com o governo do Espírito Santo que prometeu reforçar a segurança para os motoristas e cobradores de linhas consideradas perigosas.

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