Guerra do tráfico termina em tiroteio com um morto, feridos e até criança de cinco anos é atingida em VV
Segundo a polícia, o tiroteio começou no início de uma rua transversal à feira livre. Quatro foram baleados: uma mulher e três homens. Uma criança de foi atingida por estilhaços
Um tiroteio no bairro Santa Rita, em Vila Velha, terminou com um morto e quatro feridos, na manhã deste domingo (16). Uma criança de cinco anos foi ferida no rosto por estilhaços. O crime aconteceu a poucos metros da feira livre do bairro.
Segundo a polícia, o tiroteio começou no início de uma rua transversal à feira livre. Quatro pessoas foram baleadas: uma mulher e três homens. Uma criança de cinco anos foi atingida por estilhaços e teve o rosto ferido. A criança foi encaminhada a um hospital da região.
O corpo do jovem morto a tiros ficou no chão. A cena foi observada pelos olhares de moradores do bairro. Enquanto isso, outro jovem parecia revoltado com a Polícia Militar. “Cadê o policiamento no bairro? Todo dia tem tiroteio”, disse. Exaltado, o adolescente, de 17 anos, acabou sendo apreendido por desacato.
O clima era de tensão. Tudo aconteceu em plena luz do dia no bairro Santa Rita, em Vila Velha. Tiago de Jesus Oliveira havia completado 18 anos este mês e foi assassinado com dez tiros. A notícia já era esperada pela família. “Ele escolheu isso. Não foi por falta de amor, não foi por falta de conselho. Nós tentamos internar ele em uma clínica... Ele chegou a dizer para o pai dele que ele havia escolhido essa vida”, lamenta a tia do jovem morto, Maria de Souza.
A equipe de reportagem da TV Vitória apurou que existe uma guerra entre traficantes dos bairros Ataíde, Primeiro de Maio, Garrido e Santa Rita. Após o encontro entre rivais, os disparos teriam começado.
Logo após o homicídio, um rapaz passou armado em frente a residência de um militar que havia chegado em casa. O PM tentou abordá-lo e diante da reação do suspeito, acabou atirando. Baleado, o rapaz foi encaminhado ao Hospital Evangélico, em Vila Velha.
Minutos depois, a rotina no bairro pareceu voltar ao normal. Mesmo diante do medo. “Depois dessa confusão, vamos tentar voltar para o trabalho”, disse um feirante.
Para a família de Tiago, morto a poucos metros da feira livre e do local onde morava, resta dor e lamentação. “Ele ficou internado por nove meses em uma clínica, mas quando ele saiu, voltou ao mundo do crime. Porque ninguém nasce ruim, ele foi amado e cuidado, mas quando chegam aos 11 anos, eles já fazem as escolhas deles e a gente não pode fazer nada”, desabafou a tia do jovem assassinado.
