Polícia

Morre policial militar baleado ao reagir a assalto na Serra

Segundo pai da vítima, que também é policial, Daniel era muito presente na família e desde criança sonhava em ser militar

Daniel morreu após uma cirurgia Foto: TV Vitória

Morreu na madrugada desta terça-feira (25), o policial militar Daniel Santos Viana, 20 anos, que foi baleado durante uma tentativa de assalto na noite de segunda-feira (24).

O militar voltava para casa quando levou um tiro no abdômen. Daniel passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu no Hospital Jayme Santos Neves. 

O assalto
Daniel era filho de um sargento da Polícia Militar. O soldado saía do 6° Batalhão da Polícia Militar, em Carapina, quando foi rendido por bandidos. A farda, a arma e os pertences do jovem estavam dentro de uma mochila.

Segundo a polícia, ao ser abordado pelo criminoso, Daniel reagiu e se apresentou como policial. A vítima foi atingida por único disparo, mas de acordo com o pai, Daniel teria perdido muito sangue. 

Um taxista que trabalha próximo ao local onde o crime aconteceu, contou a polícia que ouviu quatro disparos e, em seguida, viu um homem correndo em direção ao bairro Carapina Grande, mesmo município. 

De acordo com o tenente-coronel Barreto, comandante do soldado Daniel, a impunidade revolta a categoria e a população. “Estamos vivendo no Brasil uma situação insuportável. A impunidade é muito grande. A Serra, por exemplo, é o município mais violento do Estado. Além disso, é município que mais se apreende armas e pessoas. A sociedade não suporta mais essas pessoas perigosas serem presas, e logo depois soltas. A violência não se resolve só com a polícia na rua. A polícia apreende, prende, mas sozinha não vai conseguir resolver nada. É muito difícil uma situação assim. Saber que um colega foi morto logo após deixar o serviço. Nos perguntamos até quando essa situação vai acontecer. É preciso rever o sistema brasileiro. Não falo como comandante, mas como cidadão brasileiro. Estou indignado. 

Início
O soldado Daniel Santo Viana se formou na Polícia Militar há três meses. Ele fazia parte do Batalhão de Vitória e há um mês estava lotado na 5° Companhia do Batalhão da Serra. Segundo pai da vítima, Daniel era muito presente na família e  desde criança sonhava em ser policial. 

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