Polícia

Operário é preso na Serra acusado de abusar do sobrinho de 13 anos

Segundo a polícia, a vítima começou a ser violentada aos 9 anos, mas não queria que o tio fosse preso. Acusado estava sendo procurado desde fevereiro, quando o crime foi descoberto

Foto: TV Vitória

Um operário de 40 anos foi preso na noite desta terça-feira (16), na Serra, acusado de abusar do próprio sobrinho, de 13. O acusado estava sendo procurado desde fevereiro deste ano, quando os abusos foram descobertos pela família. Ele foi detido no momento em que chegava ao trabalho.

O menino contou à polícia que era abusado pelo tio desde que tinha 9 anos. Segundo os policiais, por quatro anos a criança teria sofrido em silêncio.

"O adolescente disse que, por ser tio, ele gostava muito desse suspeito. Era uma pessoa que ele considerava engraçada. Ele disse 'meu tio era uma pessoa muito legal. E no início eu não entendia o que ele fazia comigo'. A partir do momento em que começou a entender que era vítima de abuso sexual, ele passou a entender que se denunciasse aquilo para alguém, o tio poderia ser preso", contou o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Érico Mangaravite.

Segundo a polícia, o crime foi descoberto durante um almoço de família, quando a mãe do adolescente percebeu que o filho havia sumido. A esposa do acusado teria ido até o apartamento onde mora e lá encontrado ele e o menino dentro de um quarto escuro.

A mãe do menor contou que ele estava muito assustado, mas acabou relatando o que tinha acontecido. O acusado saiu da casa onde morava, na Serra após o crime ser descoberto.

"Tão logo a situação foi levada ao conhecimento da Polícia Civil, esse adolescente foi encaminhado ao DML (Departamento Médico Legal) e os exames revelaram que aquele adolescente realmente havia praticado sexo anal no dia dos fatos. Também foram constatados elementos no sentido de que essa prática não era recente", ressaltou o delegado.

Durante o período em que esteve fora de casa, o suspeito enviou mensagens para a esposa, pedindo perdão. Segundo Érico Mangaravite, o homem nega o crime. Em depoimento, ele contou uma versão, que não convenceu a polícia, para explicar seu sumiço e as mensagens enviadas para a mulher.

"Ele afirmou que, na época dos fatos, ele teria traído a companheira, que é tia do adolescente. E, por conta dessa traição, ele insinuou que ela poderia ter inventado essa história de que os encontrou no quarto. O fato é que nós temos diversos elementos nos autos que indicam que o suspeito cometeu o crime. Além disso, será feita uma comparação do material biológico do suspeito com o encontrado na vítima. Ou seja, é mais uma prova que nós pretendemos juntar aos autos até a conclusão das investigações", frisou Mangaravite. 

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