Polícia

Secretaria de Justiça nega que foto de preso na praia com tornozeleira seja no Espírito Santo

De acordo com a Sejus, a tornozeleira eletrônica apresentada na foto não é do mesmo modelo adotado na monitoração dos internos do sistema prisional capixaba

Na foto, um suposto detento aparece usando uma tornozeleira eletrônica sentado em uma cadeira de praia Foto: Divulgação

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) desmentiu que uma foto que tem circulado nas redes sociais, onde um suposto preso aparece usando uma tornozeleira eletrônica na praia, tenha sido registrada no Espírito Santo. Na internet, havia especulações de que a imagem teria sido registrada na Curva da Jurema, em Vitória.

Por meio de nota, a secretaria ressaltou que a tornozeleira eletrônica apresentada na foto não é do mesmo modelo adotado na monitoração dos internos do sistema prisional capixaba.

Atualmente 500 detentos no Espírito Santo poderão utilizar o equipamento, cuja implantação tem como objetivo ser uma alternativa à prisão, nos casos em que a lei permite a liberdade assistida. Os presos monitorados eletronicamente são vigiados 24 horas por dia por funcionários treinados, em uma central de videomonitoramento.

Na última sexta-feira (19), foi para casa o primeiro preso do Estado a usar o monitoramento eletrônico. O suspeito de roubo, de 30 anos, foi detido em flagrante em Jardim da Penha, Vitória.

Monitoramento eletrônico

O Sistema de Monitoramento Eletrônico de Custodiado é composto por tornozeleira eletrônica, software de monitorado, central de monitoramento eletrônico e central de manutenção e suporte. A tornozeleira é o equipamento que fica atado ao tornozelo da perna direita dos presos, por período determinado judicialmente, e impõe rígido controle e fiscalização de movimentação em perímetro pré-determinado.

Além de ser feita de material antialérgico, é sensível a qualquer tentativa de reposicionamento ou rompimento, ações identificadas como infração pelo sistema. O equipamento deve ter a bateria carregada todos os dias, mas não é necessário que o usuário fique preso à tomada. A bateria para recarga é móvel e realiza a ação a qualquer tempo e lugar mantendo a mobilidade do usuário. O equipamento é resistente à água, o que permite banhos de chuveiro e exposição à chuva.

Assim que é colocado no presidiário, o dispositivo passa a rastreá-lo com o uso de tecnologia GPS e GPRS. Qualquer violação pelo usuário das condições, normas e padrões estabelecidos pela decisão judicial que determinou o uso do equipamento gera alertas instantâneos no sistema e essas infrações podem causar a perda do benefício.

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