Jovem alega ser torturada e espancada pelo ex em Vila Velha
A mulher afirma que essa não foi a primeira vez que ela foi vítima de agressões. Ela disse que dessa vez viveu horas de terror nas mãos do acusado
Um jovem, de 20 anos, foi preso após ser acusado de espancar e torturar a ex-namorada, no bairro Barramares, em Vila Velha. A mulher de 21 anos afirma que essa não foi a primeira vez em que ela foi vítima de agressões. Ela disse que viveu horas de terror nas mãos de Felipe Julio Dias da Silva, que confessou o crime.
“Levei paulada, ele me enforcou, me afogou, me queimou com perfume e fogo, me deu choque com fio desencapado, passou pimenta nas minhas partes íntimas e colocou até um cabo de vassoura no meu ânus”, disse a jovem em um vídeo enviado para a polícia.
A briga teve início, no final da tarde, do último domingo (18). O casal havia saído para um passeio em uma lagoa. Durante uma conversa, Felipe descobriu que havia sido traído. Os dois foram para a casa. Em depoimento o suspeito admitiu que usou cocaína durante toda a madrugada.
Segundo a polícia, esta não foi a primeira vez que o casal vai parar na delegacia. Em outubro do ano passado, ao descobrir que a namorada estava grávida, ele chegou a colocar pimenta nas partes íntimas da vítima.
“Ele teria passado pimenta na vagina dela para que ela abortasse. Nós conseguimos um abrigo para ela. Ele foi preso e autuado em flagrante, e há um mês ela voltou para ele. Foi agredida novamente, veio até o plantão, conseguiu o abrigo novamente, voltou para a cidade dela no Rio de Janeiro. Agora parece que resolveu voltar para ele. Ela teria vindo visitar a mãe dele e, desde ontem, ela vem sendo agredida”, contou a delegada Rhaiana Bremenkamp.
A jovem foi encaminhada para um abrigo, mas voltou a para o companheiro. Na última segunda-feira (19) ela foi encontrada pela polícia embaixo de alguns colchões. Quem chamou a PM foi a irmã do suspeito. Assim que viu a viatura, Felipe tentou fugir.
Felipe já tem passagens por tráfico, roubo, furto e desta vez foi autuado por tentativa de homicídio qualificado e cárcere privado. A delegada lembra que em casos como este a vítima deve sempre procurar a polícia.